Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título AUTO-HEMOTERAPIA E PRINCÍPIOS PARA UMA PRÁTICA ÉTICA RESPONSÁVEL: PREVENÇÃO, PROTEÇÃO, PRECAUÇÃO E PRUDÊNCIA
Autores
ALESSANDRA GURGEL CÂMARA (Relator)
RAIMUNDA MEDEIROS GERMANO
MABEL MARIA MARQUES PEREIRA
SUÊNIA SILVA DE MESQUITA XAVIER
SAMUEL SÓSTENES ARAÚJO DE MEDEIROS
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A auto-hemoterapia consiste na retirada de sangue por punção venosa e sua imediata administração por via intramuscular ou subcutânea, em que o doador e o receptor são o mesmo indivíduo; tal técnica objetiva estimular o sistema imunológico, potencializando a sua ação. Consta na literatura que a auto-hemoterapia foi introduzida como tentativa terapêutica por Ravaut, por volta de 1910. Atualmente, há controvérsias sobre a técnica, pois há profissionais que a defendem veementemente e os que são contrários, os quais se baseiam na não aceitação da técnica por parte dos principais órgãos e conselhos reguladores. A despeito das controvérsias existentes que envolvem o problema faz-se necessário discutir a temática baseando-se nos princípios para uma prática ética responsável. OBJETIVO: Analisar a literatura disponível sobre a prática da auto-hemoterapia, relacionando-a com os princípios da bioética: prevenção, proteção, precaução e prudência. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica na base de dados eletrônica SciELO, no período de 2007 a 2010, utilizando os descritores auto-hemoterapia, bioética e enfermagem. Foram encontrados 22 artigos na busca, sendo selecionados 10 artigos para análise. RESULTADOS: Os princípios para uma prática ética responsável – prevenção, proteção, precaução e prudência – também denominados de os “Quatro Pês”, são referenciais teóricos e práticos referidos frente a novas tecnologias de serviços e produtos para a saúde, bem como os procedimentos por eles utilizados. Na auto-hemoterapia, os “Quatro Pês” são aplicáveis: a prudência e a precaução relacionam-se ao pouco conhecimento, cientificamente comprovado, desse procedimento. A proteção e a prevenção visam eliminar os danos à saúde da população doente que procura a auto-hemoterapia como tratamento, uma vez que tal procedimento oferece risco de reação adversa, principalmente se realizado em condições sanitárias inadequadas (material descartável, licença ou alvará sanitário do local, recursos humanos capacitados e treinados, etc.). CONCLUSÃO: A auto-hemoterapia é uma prática de frequência crescente, que não obedece aos princípios da bioética, e que tem potencial risco à saúde dos indivíduos, pois é um método terapêutico sem comprovação científica, executado muitas vezes por pessoal sem capacitação e sob condições inadequadas de biossegurança. A incorporação às práticas de saúde dessa técnica merece uma racionalização visando à segurança de seu uso.