Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título CONHECENDO O “DESCONHECIDO”: SEXUALIDADE NA INFÂNCIA
Autores
STERFFERSON LAMONIER DE OLIVEIRA DANTAS (Relator)
MARIA JAQUELINE CARLOS DA SILVA
ANTONIO WILLIAN DO NASCIMENTO FERNANDES
CLAUDIELLY FERREIRA DA SILVA
FÁTIMA RAQUEL ROSADO MORAIS
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Relato de experiência

Resumo
[Introdução] A sexualidade ainda é pouco discutida e confusa, sendo muitas vezes resumida ao ato sexual, desconsiderando-se a complexidade desta condição inerente ao ser humano. Na infância, este assunto é visto como tabu e o excesso de informações dispersas nos meios de comunicação vem a contribuir também para a vulnerabilidade infantil em face da ausência do diálogo. Neste âmbito, as práticas de educação sexual favorecem a reflexão quanto aos valores sexuais de respeito ao seu corpo e ao do próximo, impulsionando a uma vivência saudável da sexualidade nesta fase. [Objetivos] Nesse sentido, objetiva-se analisar os conhecimentos pré-existentes acerca da sexualidade em grupos de crianças inseridas nas oficinas do Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde), bem como abordar as contribuições que as práticas educativas nesta temática podem proporcionar para a vivência da sexualidade na infância e na fase adulta. [Metodologia] O estudo apresenta caráter descritivo-exploratório. Ao todo foram realizadas duas oficinas em escolas públicas do ensino fundamental na cidade de Mossoró, estado do Rio Grande do Norte. As ações aconteciam pela interação entre docentes de Graduação da Faculdade de Enfermagem (FAEN) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) participantes do PET-Saúde e crianças da faixa etária de 06 a 10 anos das comunidades adjacentes às escolas. [Resultados] Nos grupos observados neste estudo já existiam conhecimentos prévios sobre a temática sexualidade, todavia era uma expressão reduzida aos órgãos genitais e estritamente ligada ao ato sexual. A existência de mitos e tabus dificultou a discussão, pela vergonha de exposição. As discussões foram destinadas às questões biológicas do corpo e de gênero, sendo reforçados aspectos de submissão feminina e de preconceito. Portanto, buscou-se alertá-los para a possibilidade de igualdade de direitos entre os sexos do ponto de vista social, familiar e profissional. [Conclusão] A educação sexual caracteriza-se como alicerce para um bom desenvolvimento infantil, preparando a criança para a vida adulta e contribuindo para a reflexão/compreensão acerca do sexo e da sexualidade. Sendo assim, estratégias desta magnitude, desde que tenham continuidade e sejam realizadas de forma articulada entre escola, serviços de saúde e família podem contribuir para mudanças nas práticas e atitudes destas, favorecendo a tomada de decisões adequadas num futuro próximo.