Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título PNEUMONIA: PERFIL DE MÃES DE CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS QUE APRESENTARAM A DOENÇA
Autores
HOSANA ROCHA VALOIS (Relator)
KARINA CRISTINA DOS SANTOS RODRIGUES
MARIA WEILANY SILVA BEZERRA
CÍCERA ÁUREA FONTES VILELA
SIMONE ALINE ARAÚJO GUIMARÃES DE SÁ
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
As infecções respiratórias agudas são responsáveis por um terço das mortes e metade das hospitalizações entre menores de 5 anos nos países em desenvolvimento. A pneumonia, sua mais grave conseqüência, mata cerca de 800 crianças a cada hora. O presente estudo teve como objetivo traçar o perfil das mães de crianças menores de 5 anos que tiveram pneumonia. Trata-se de um estudo transversal de caráter quali-quantitativo, o público alvo foram 35 mães de crianças menores de 5 anos que tiveram pneumonia no período de fevereiro a agosto de 2009 na comunidade atendida pela UBS Ademar Souza Filho no bairro Jardim São Paulo em Petrolina- PE, consistindo na visita ao campo com entrevistas com informações pessoais das mães sobre os cuidados de saúde oferecidos aos filhos. Ao analisar os dados relacionados à faixa etária, 51% das mães estão entre 15 a 25 anos e 29% têm de 26 a 35 anos. Na variável salário, 44% das mães relataram ganhar 1 salário mínimo, 41% mais que 1 salário mínimo. Ao avaliar os dados relacionados ao tipo de moradia, 53% das famílias moram em casas de tijolos e 47% residem em casas de taipa. Considerando o tratamento do lixo, 66% responderam que o destino do lixo é a céu aberto, 25% enterram ou queimam, enquanto que apenas 9% têm o lixo coletado. Quanto ao tratamento empregado à água, 69% utilizam água tratada e 31% usam água sem nenhum tratamento. Considerando o entendimento das mães sobre o tema pneumonia, 43% vêem a doença como sintomas de febre e cansaço, 19% como dor de cabeça e chiado no peito, 16% entendem como uma doença do pulmão com catarro, 13% como uma doença com gripe forte e tosse e 9% revelaram não saber nada. E quanto ao cuidado oferecido pelas mães quando os filhos adoecem, 56% levam a criança ao posto de saúde, 35% medica com xarope caseiro e 9% leva ao hospital. Nas dificuldades encontradas pelas mães para proporcionar um bom estado de saúde para as crianças, 28% revelou ser a qualidade do atendimento no posto de saúde, 22%, a moradia e alimentação, outros 22% citou a falta de estrutura do bairro, enquanto 28% revelaram não ter dificuldade. Este estudo despertou para a importância das políticas de ação intersetorial em bairros pobres e carentes. Observou-se que grande parte das mães tinha conhecimento, ainda que informal, dos cuidados que devem ser oferecidos à criança, no entanto, as condições inadequadas a que são submetidos representa uma barreira para a consolidação de ações resolutivas.