Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título RELATO DE EXPERIÊNCIA: TRABALHANDO O PAPEL DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
Autores
FERNANDA DE MEDEIROS FERNANDES (Relator)
DEYSE ANNE DE MEDEIROS BARROSO
JACINTA MARIA MORAIS FORMIGA
REJANE MARIA PAIVA DE MENEZES
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Relato de experiência

Resumo
Durante o estágio integrado II, no 8º período do Curso de Graduação de enfermagem da UFRN, em uma Unidade Básica de Saúde da Família(UBSF) de Natal/RN, detectamos que os Agentes Comunitários de Saúde(ACS) não estavam exercendo seu papel de acordo com a diretriz preconizada pela Estratégia de Saúde da Família(ESF), tendendo a assumir uma atitude profissional acomodada. Dessa maneira, havia prejuízo ao trabalho da equipe, bem como do atendimento aos usuários, já que os ACS através da visita domiciliária(VD) inserem dinamismo ao processo de trabalho permitindo a identificação e discussão dos principais determinantes do processo saúde-doença.Objetivou-se operacionalizar uma ação pedagógica para proporcionar aos ACS uma reflexão a cerca da importância e do papel dos mesmos dentro da ESF e favorecer um trabalho em equipe de forma a empregar de maneira correta a VD. A ação realizou-se no decorrer de 6 encontros na UBSF entre maio a julho de 2007 e através de dinâmicas, dramatizações, materiais visuais, rodas de discussões e exposição dialogada correlacionaram-se os temas sobre o SUS, ESF, o processo de trabalho, o trabalho em equipe, competências atribuídas aos ACS, VD, prevenção e promoção à saúde e Sistema de Informação de Atenção Básica. Cada encontro foi marcado por uma avaliação prévia do conteúdo a ser abordado e, após cada um deles, identificava-se seu resultado com os participantes, sua opinião sobre a atividade, os pontos positivos e/ou as dificuldades sentidas como forma de melhorar para os encontros subseqüentes.Os ACS anseiam trabalhar em equipe; alguns não souberam distinguir claramente o seu papel com o papel do auxiliar de enfermagem e rejeitam o fato de assumir o papel de arquivistas; a maioria desconhece a real dimensão das fichas do SIAB. Sentem-se desvalorizados pela própria equipe da UBSF, tanto pela questão salarial, bem como, pelo fato das suas opiniões não serem respeitadas e sequer ouvidas, recaindo muitas críticas sobre o enfermeiro.Percebemos a assiduidade e interesse dos ACS pelos encontros.Os mesmos reconhecem a importância de estarem se atualizando e refletindo sobre temas abordados. Apesar das discussões o comportamento dos ACS na prática mudou pouco, mas compreende-se que a mudança de comportamento é algo difícil e que não se consegue repentinamente, é necessário um trabalho maior a longo prazo. Contudo, observa-se que a maioria despertou o interesse e necessidade de uma educação permanente contribuindo para a melhoria do serviço.