Introdução: A evolução tecnológica com a inserção da era digital, a globalização e o padrão alimentar, alteraram o estilo de vida das pessoas, culminando no sedentarismo e na mudança do perfil epidemiológico das doenças no mundo. As causas de mortalidades associadas à falta de atividade física estão como o quarto principal fator de risco. Objetivo: Identificar fatores socioeconômicos que interferem na prática de atividade física pelos discentes do curso de enfermagem de uma Instituição de Saúde de Ensino Superior. Método: Trata-se de um estudo de caráter descritivo realizado com os discentes do curso de enfermagem de uma Instituição de Saúde de Ensino Superior de Vitória/E.S. A coleta de dados foi realizada no período de agosto a dezembro 2017, durante os intervalos das aulas e de acordo com a disponibilidade e aquiescência do TCLE dos discentes do 1º ao 10º período do curso, a população total contou com 196 alunos e houve perda de 22 alunos por recusa/dificuldade de localização. Foi utilizado um questionário que abordava informações socioeconômicas, estilo de vida, prática e benefícios da atividade física. Os dados foram tabulados no Excel 2003 e posteriormente analisados no programa SPSS versão 22. Resultados: Observou-se a predominância do sexo feminino no curso de enfermagem (83,3%) e uma prevalência de 76,4% de alunos jovens (entre 17 a 24 anos). Em relação à auto avaliação do estado de saúde, 79,9% consideram ter uma boa saúde. Quanto ao consumo de álcool e tabaco, 97% não fazem uso de tabaco, porém 48% fazem uso de algum tipo de bebida alcoólica com maior frequência nos finais de semana. Do quantitativo total de alunos, apenas 44,3% praticam alguma atividade física, destes 30% possuem frequência de 03/04 vezes na semana. Entre as associações com atividade física, somente as variáveis sexo e consumo de álcool deram significância. Conclusão: Os resultados apontam que fatores socioeconômicos e estilo de vida não interferem na prática de atividade física, pois nota-se que a maioria dos acadêmicos não possuem filhos, não trabalham, tem renda maior que dois salários mínimos e não realizam atividade física. Contudo, ressalta-se a importância de discutir sobre a temática como forma de sensibilização e conscientização para os futuros profissionais de saúde. Palavras-chave: Atividade física. Estudantes de Enfermagem. Estilo de Vida. |