Anais - 21º CBCENF

Resumos

Título HOSPITALIZAÇÕES POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NA REGIÃO NORDESTE: ANÁLISE DE DADOS OFICIAIS
Autores
CICERA SARAIVA DE SOUZA (Relator)
GILVANEIDE FRANCISCO DA SILVA ARAÚJO
KENNIA SIBELLY MARQUES DE ABRANTES
MARIA DANIELLY BENÍCIO DE ARAÚJO
PALOMA EMANUELLE DOS SANTOS
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 17,7 milhões de pessoas morreram por doenças cardiovasculares em 2015, dentre elas, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) que destaca-se como a principal causa de óbito no Brasil. No Nordeste, somente em 2016, 20.006 pessoas foram hospitalizadas por IAM. Objetivo: Investigar a ocorrência de hospitalizações por IAM em caráter de urgência na região Nordeste, no período de 2013 a 2017. Metodologia: Estudo ecológico, retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa. A amostra contemplou as hospitalizações por IAM em caráter de urgência, envolvendo indivíduos residentes no Nordeste, na faixa etária dos 40 anos ou mais, atendidos entre 2013 e 2017. Realizou-se a coleta no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), na página do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS). Buscou-se analisar o número de internações e o percentual entre as regiões, sexo, faixa etária e número de óbitos decorrentes da hospitalização. A utilização das informações oriundas do SIH/SUS é de livre acesso a toda população brasileira, razão pela qual não há necessidade de submissão a um Comitê de Ética. Resultados: O Brasil registrou 444.679 internações por IAM em caráter de urgência na faixa etária e período de interesse. Destas, 83.004 ocorreram no Nordeste. O número de internações por IAM de natureza urgente no Nordeste, na faixa etária alvo, mostrou aumento durante os anos estudados. A Bahia apresentou maior frequência (27,4%). Houve predomínio de indivíduos do sexo masculino (59,2%), sobretudo daqueles de 60 a 69 anos (30,3%). Das pessoas com 40-69 anos a maioria eram homens, e o contrário foi visto entre aquelas de 70 anos ou mais. Foram registrados 11.597 óbitos, dos quais, 32,6% envolveram mulheres com 70-79 anos. Conclusão: Identificou-se aumento do número de internações entre os anos estudados e elevado número de óbitos por IAM no nordeste brasileiro. Destaca-se como limitação do estudo o número de subnotificações e incompletude das informações que “alimentam” o SIH-SUS. No entanto, espera-se que esta pesquisa auxilie no direcionamento de estratégias efetivas de promoção à saúde, prevenção da doença, bem como, diagnóstico e tratamento precoce, especialmente no contexto de uma região tão marcada pela desigualdade social e econômica.