Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título CRIANÇA E DOENÇA MENTAL: A DIFÍCIL CONVIVÊNCIA FAMILIAR COM A DIFERENÇA
Autores
JOHNY CARLOS DE QUEIROZ (Relator)
LUCIDIO CLEBESON DE OLIVEIRA
CLÉCIO ANDRÉ ALVES DA SILVA MAIA
GILDEMBERTON RODRIGUES DE OLIVEIRA
ANA KARLA RAMALHO PAIXÃO
Modalidade Pôster
Área A enfermagem e o terceiro setor
Tipo Monografia

Resumo
A criança portadora de doença mental, geralmente apresenta algumas características que são peculiares ao seu desenvolvimento, dentre elas, a dificuldade de entender ordens complexas, pouca iniciativa, pouca criatividade, dificuldade de expressão, controle de emoções, aprendizagem, dificuldade de abstrair, generalizar e dificuldade de se adaptar às novas situações. Em algumas famílias os pais desconhecem as contribuições que podem dar para minimizar as sequelas em um filho portador de transtornos mentais. Neste sentido o estudo objetiva analisar as atitudes e condutas de famílias diante de crianças portadores de doenças mentais no contexto familiar; conhecer a percepção do familiar sobre a doença mental; compreender os sentimentos e emoções despertados nas famílias de crianças portadores de deficiência mental e analisar as formas de enfrentamento dos familiares de crianças com algum tipo de doença mental em familiares e na sociedade em geral. Trata-se de uma pesquisa de cunho exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa, realizada no Centro de Referência da Assistente Social na cidade de Potiretama - CE, com vinte famílias portadoras de crianças com doença mental. Os dados foram colhidas após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da FACENE/FANEME, no período de março a maio de 2010. No primeiro momento foi feita uma consulta aos prontuários de acompanhamento familiar com a finalidade de conhecermos a situação sócia econômica e cultural das famílias, para posteriormente realizar visita domiciliar para aplicação de entrevista semi-estruturada, com auxílio de um roteiro de entrevista pré-elaborado com questões abertas a fim de subsidiar a análise. Desta forma após os dados serem agrupados em categorias, nos embasamos na técnica de análise de conteúdo proposto por Bardin, refletida à luz do referencial teórico. Constatou-se que as famílias que têm filhos com doença mental passam por um processo de reorganização no intuito de atender as mesmas. As famílias necessitam ao mesmo tempo em que manifestam interesse de agregarem mais conhecimentos acerca do processo saúde doença de seus entes com necessidades especiais. Dessa forma, conclui-se que após o momento inicial, da descoberta do filho com transtorno mental e tendo iniciado o devido tratamento, surge o sentimento de tristeza, culpa pena e até mesmo de raiva da mãe, chegando a alguns casos a procurar por especialista da saúde mental, para aprenderem a lidar com o filho portador de doença mental.