Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título AIDS NA TERCEIRA IDADE
Autores
ANA CAROLINE ROSENBAUM (Relator)
JANE CRISTINA DOURADO PINATO
JONIAS CARDOSO DA SILVA
JULIANE DO VALLE MEDEIROS
SILVIA ROSENBAUM
Modalidade Pôster
Área A enfermagem e o terceiro setor
Tipo Pesquisa

Resumo
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos até 2025, o que corresponderá a 15% da população brasileira, ou seja, aproximadamente 30 milhões de pessoas. O aumento da expectativa de vida trouxe uma melhoria na qualidade de vida das pessoas idosas, o que juntamente com as descobertas científicas para aumentarem a atividade sexual, associado à resistência ao uso do preservativo, tornaram os indivíduos mais velhos mais vulneráveis ao HIV/AIDS. O presente trabalho visou estabelecer considerações sobre a AIDS na terceira idade e a importância do profissional de enfermagem frente a essa realidade. Realizou-se um levantamento bibliográfico em relação ao tema proposto nas bases de dados LILACS e SCIELO, referente aos últimos dez anos. Nos resultados, encontrou-se: aumento no número de casos em mulheres, via sexual como maior fonte de exposição; predomínio de baixa escolaridade; aumento do número de casos na faixa etária em estudo. Em relação aos profissionais de enfermagem que atendem pacientes portadores do HIV-AIDS na terceira idade é importante ressaltar que o mesmo necessita estar preparado para lidar, não só, com a doença AIDS, mas também com diferentes efeitos provocados pela mesma, ou seja, as que envolvem uma grande variedade de especialidades como neurologia, psiquiatria, ginecologia, cirurgia, entre outros. Por isso, urge a necessidade da elaboração de trabalhos educativos para a população em geral, de maneira a atingir os maiores de 60 anos. Tornar a sexualidade um assunto do dia-a-dia, para os idosos é fundamental para se acabar com o mito de que o idoso é assexuado. Isso deve ser feito principalmente pelos profissionais de saúde que, começando a abordar assuntos desse tipo, irão estimularem os idosos a também discorrerem sobre eles. Desta forma, objetivar campanhas para a faixa etária idosa é fundamental. Contudo, somente o conhecimento não é suficiente para mudar o comportamento, de maneira que o indivíduo seja capaz de adotar práticas seguras, a fim de evitar a infecção, mas é necessário enfocar aspectos sócio-culturais para se reduzirem os riscos e as vulnerabilidades. A partir destas considerações, propõe-se um novo olhar do enfermeiro para o problema da AIDS na terceira idade, destituído de preconceitos, discriminações e injustiça social. Este olhar profissional deve perceber o mundo como uma totalidade complexa, e caracterizar o conhecimento também como realidade complexa.