Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E BURNOUT EM TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DA UNIDADE TERAPIA INTENSIVA
Autores
MÁRCIA PALADINI (Relator)
DENISE RODRIGUES COSTA SCHMIDT
CLEONICE BIATO
JULIANA DOMINGUES PAIS
ADELAINE DE OLIVEIRA RODRIGUES
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Pesquisa

Resumo
A difusão do conceito de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) foi desencadeada, na última década, pela revisão dos vínculos e da estrutura das vidas pessoal e profissional, pelos fatores socioeconômicos, pelas metas empresariais e pressões organizacionais. O conceito de QVT encerra escolhas de bem-estar e percepção do que pode ser feito para atender expectativas de gestores e trabalhadores. A satisfação no trabalho tem se tornado um conceito chave dentro das pesquisas de QVT e em pesquisas da área de enfermagem em todo o mundo. Atualmente, a Síndrome de Burnout é um dos desdobramentos mais importantes do estresse ocupacional e pode ser causada pelo estresse prolongado e crônico que os trabalhadores desenvolvem durante um tempo considerável uma interação com os clientes, como por exemplo, os serviços de saúde, sociais, da justiça e da educação. OBJETIVOS: Avaliar a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) e a presença da Síndrome de Burnout entre profissionais de enfermagem de Unidade de Terapia Intensiva. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata -se de um estudo descritivo e correlacional, de corte transversal. A amostra foi constituída por 53 trabalhadores de enfermagem de um hospital escola do interior do Paraná, Brasil, obteve parecer favorável do Comitê de Bioética e Ética em Pesquisa da instituição com, parecer número 064/09, de acordo com as orientações da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde/MS Foram utilizados três instrumentos para a coleta de dados: caracterização sócio-demográfica e profissional, Escala Visual Analógica para QVT e o Maslach Burnout Inventory (MBI). A coleta de dados ocorreu no período de abril a agosto de 2009. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A maioria dos participantes era de auxiliares de enfermagem (52,8%), do sexo feminino (66,0%), casados (67,9%), com idade média de 42,4 anos. A média de QVT para o total da amostra foi de 71,1 (D.P.=15,5), demonstrando uma avaliação satisfatória para essa medida. As dimensões Exaustão Emocional, Despersonalização e Realização Profissional obtiveram média de 11,4 (D.P.=7,7), 4,6 (D.P.=4,1) e 25,0 (D.P.=5,9), respectivamente, enquanto a medida de QVT obteve associação estatisticamente significante apenas com a dimensão exaustão emocional (p=0,000). Sendo que os temas abordados são amplos, podendo ser objeto de estudo de futuras investigações para ampliar o conhecimento do trabalho da enfermagem nas diversas áreas de atuação.