Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM PERANTE O CUIDAR DE CRIANÇAS COM DOENÇA TERMINAL
Autores
CAMILA SANTOS PEREIRA (Relator)
BRUNO SANTOS PEREIRA
MICHELE SANTOS SOUSA
LORI ANISIA MARTINS DE AQUINO
Modalidade Pôster
Área A enfermagem e o terceiro setor
Tipo Monografia

Resumo
Introdução: Paciente terminal é aquele que se encontra em processo de morte inevitável. A morte da criança/adolescente é compreendida como interrupção no seu ciclo biológico, desencadeando nos profissionais de Enfermagem vários sentimentos negativos. Objetivos: Este estudo tem como objetivo analisar a percepção dos profissionais de Enfermagem acerca do cuidar de crianças em estado terminal e acerca da preparação que receberam durante sua formação profissional para lidar com essa situação. Método: Trata-se de uma pesquisa de campo, transversal, exploratória, com abordagem quantitativa-qualitativa, realizada de acordo com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde do Brasil. A amostra foi composta por 24 profissionais da equipe de Enfermagem sendo, 12 atuantes no setor de Enfermaria de Pediatria e 12 na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital de Clínicas de Uberlândia. Foi utilizado um questionário composto por questões fechadas e abertas. Resultados: Ao final do estudo, constatou-se que os sentimentos mais citados nos setores de Unidade de Terapia Intensiva foram o de “Tristeza” e “Impotência” e no setor de Enfermaria de Pediatria foram os sentimentos de “Tristeza” e “Angústia”. Outros sentimentos evidenciados foram ternura, insegurança, pena, dentre outros. Obteve-se ainda que, em ambos os setores pesquisados, 15 sujeitos, afirmou que não sofre influência do convívio com crianças em estado terminal, e que, portanto, isso não interfere na sua vida pessoal. Outros 9 sujeitos confirmaram que sofrem interferência do convívio com crianças em estado terminal em sua vida pessoal. Destacaram-se como estratégias para superação dos sentimentos negativos: a busca de apoio na religião (66,7%), na família (22,2%), e a prática de atividades de lazer (22,2%). Percebe-se que 17 participantes consideram que não tiveram um processo de formação adequado, ou seja, não tiveram o preparo necessário para lidar com o processo morte – morrer. A minoria dos sujeitos, ou seja, 07 profissionais consideram que tiveram um processo de formação profissional adequado para lidar com esse processo. Conclusão: Conclui-se que há uma necessidade de mudança na elaboração das aulas teóricas – práticas. Elas devem ser voltadas para a necessidade de preparar o acadêmico para lidar com os sentimentos e situações aos quais estarão expostos perante este processo. Destaca-se a necessidade de se oferecer um suporte emocional aos estudantes e profissionais.