Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título PERCEPÇÕES DE ENFERMEIROS E MÉDICOS ATUANTES NA U.T.I SOBRE EUTANÁSIA EM ENFERMO TERMINAL
Autores
JENNIFER OLIVEIRA DE ARAÚJO (Relator)
POLLYANNA CANUTO COSTA
KAMYLA VIEIRA RIBEIRO
MARIANA NÓBREGA PEREIRA DE QUEIROZ
LAÍS CRUZ MEDEIROS COSTA
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Monografia

Resumo
A prática da eutanásia significa pôr fim à vida de pessoas que estejam com enfermidade irreversível, sem que haja para elas condições de exercer a vida de forma humana, ou seja, não se trata de pessoas sadias, mas que se encontram em uma situação de deficiência no que diz respeito à saúde e conseqüentemente à vida, uma vez que esses estão interligados. Segundo as leis brasileiras todo aquele que se omitir ou auxiliar na prática de eutanásia responderá pelo crime praticado, valendo inclusive para os profissionais de saúde que se acham no direito de abreviar a vida de pacientes terminais. Portanto, este trabalho teve como objetivo Investigar as percepções dos profissionais de saúde, mais precisamente intensivistas, no tocante a prática da eutanásia em enfermos terminais. Trata-se de um estudo descritivo exploratório com abordagem quantiqualitativa. Desenvolvido em dois hospitais, especificamente na U.T.I, do município de Campina Grande – PB. Participaram da pesquisa 10 enfermeiros e 3 médicos que atuam nas unidades referidas. Os resultados apontam que a maioria dos profissionais demonstrou posicionamento no que se refere à temática em questão, seja em concordância ou discordância da mesma, dentre os quais 85% não concordam com a prática da eutanásia em detrimento de questões religiosas, éticas e questões relacionadas à vida. Em relação aos que já presenciaram a prática da eutanásia durante o seu exercício profissional 92% afirmaram que não. Quanto aos que já estiveram diante de casos em que achou que a eutanásia seria a melhor opção para o paciente 69% declararam que não estiveram diante de tal situação. Quando questionados se autorizariam ou não a prática da eutanásia em um familiar 92% afirmaram que não. Em relação aos profissionais que concordam ou não com a lei brasileira que considera ser crime a eutanásia 62% afirmaram que sim. Quanto à permissão da eutanásia dependendo da situação do paciente 62% não concordam e 8% concordam, em casos como a morte cerebral. Provocar a morte antes que ela ocorra normalmente por motivo de compaixão, ainda é um impasse social, no entanto, espera-se que o tema seja tratado com maior cautela por profissionais de saúde que atuam em unidades de terapia intensiva e que a vida seja respeitada acima de qualquer questão ética, social e religiosa.