Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título AIDS NA TERCEIRA IDADE
Autores
ANNE SIMONY POLO NORTE NOGUEIRA (Relator)
AURISTELIA ALVES DIAS DE SOUZA
ANDREA CRISTINA LINS NUNES
MARIANA OLIVEIRA DE ALENCAR RAMALHO
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O processo de envelhecimento humano ocorre de forma irremediável, entretanto não se dá de forma homogênea, seu ritmo depende tanto da herança genética quanto do estilo de vida e das influencias ambientais. O número de idosos no mundo tem crescido consideravelmente nos últimos anos, acompanhando esse aumento tem-se observado uma elevação significativa da incidência de AIDS em pessoas com mais de 60 anos. Objetivo: Investigar os elementos relacionados ao avanço da incidência da AIDS na terceira idade. Metodologia: Esse estudo foi elaborado a partir de uma revisão bibliográfica através de pesquisas no site do Scielo, do Ministério da Saúde e Aidscongress. Resultados: Devido ao aumento da longevidade, do crescimento da indústria farmacêutica e o desenvolvimento de tratamentos hormonais e de medicamentos estimulantes do desempenho sexual em idosos surgiram diversas formas para solucionar problemas de disfunção erétil em homens e sexual em mulheres pós-menopausa. Essas alternativas são amplamente divulgadas nos meios de comunicação e oferecem um aumento no tempo da vida sexual. O incentivo a utilização de tais métodos, desvinculado a promoção de educação em saúde e atrelado a deficiência de conhecimento sobre DST/AIDS é outro fator que contribui para a propagação dessa epidemia na terceira idade trazendo riscos para a vida do idoso. Dados nacionais apontam um total de 30.827 casos de AIDS em maiores de 50 anos no Brasil em 2005. Por causa de questões morais e religiosas relativas à sexualidade dos idosos esses são considerados praticamente como assexuados. Dessa forma, não é rotina durante o atendimento em consultas os profissionais de saúde solicitarem o teste de sorologia para HIV nesses pacientes. Esse tipo de conduta adia o diagnóstico do vírus, facilita sua disseminação e pode trazer pior prognóstico de tratamento. Quase não há programas sobre prevenção e proteção de DST/AIDS para maiores de 60 anos, ficando essa população sem o devido conhecimento sobre esse assunto. Conclusão: Foi identificada a necessidade dos profissionais de saúde ver seus pacientes idosos como propícios ao risco de infecção pelo vírus HIV. Torna-se necessário repensar o que está instituído culturalmente, a fim de investir em atividades de educação em saúde para essa faixa etária que sejam eficazes para profissionais e população.