Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE
Autores
ALYNE FERNANDES BEZERRA (Relator)
FLÁVIA MAIELE PEDROZA TRAJANO
MARIANA PINTO ARAÚJO
RODRIGO FIGUEIREDO ARAGÃO
ALBA REGINA FERNANDES DE OLIVEIRA
Modalidade Pôster
Área A enfermagem e o terceiro setor
Tipo Pesquisa

Resumo
A intolerância à lactose é a incapacidade de digerir completamente a lactose. A lactose é um dissacarídeo formado por duas moléculas ligadas de galactose e glicose. Sua absorção acontece na borda em escova da mucosa do intestino delgado, por meio da ação da enzima lactase, que possui o papel de hidrolisar a ligação entre as moléculas de glicose e galactose. O estudo objetiva relatar a assistência de enfermagem prestada ao portador da intolerância, com o intuito de apontar as possibilidades e restrições do cotidiano. A técnica de pesquisa empregada foi revisão de literatura em artigos científicos dos últimos oito anos. Quando a enzima lactase não é capaz de hidrolisar as moléculas de lactose que chegam à luz do intestino delgado, esta não será absorvida e alcançará o cólon, no qual o seu efeito osmótico levará água para a luz intestinal, diminuindo a consistência das fezes, aumentando o peristaltismo e acelerando o trânsito intestinal, induzindo a manifestação de náusea, cólica e diarréia. A lactose presente no cólon também sofre fermentação pela flora bacteriana, que aumenta a produção de gases e causa distensão abdominal, cólica e flatulência. O declínio nos níveis de lactase é progressivo durante a infância e a adolescência, havendo um aumento nas taxas de má absorção de acordo com a idade. Esse fenômeno, designado hipolactasia primária do tipo adulto, é a forma mais comum de deficiência do dissacarídeo, que é determinada geneticamente. A persistência da atividade enzimática na fase adulta tem herança autossômica dominante, enquanto a hipolactasia é herdada de forma autossômica recessiva. Já a deficiência secundária de lactase é provocada por uma condição fisiopatológica pré-existente, que acarretará uma deficiência de lactase e consequentemente má absorção de lactose, que é reversível quando feito o tratamento para a doença de base. A eliminação total e definitiva da lactose da dieta deve ser evitada, pois pode ocasionar prejuízo nutricional de cálcio, fósforo e vitaminas. Através do estudo, podemos concluir que o diagnóstico deve ser feito precocemente para o início do tratamento adequado, proporcionando aos portadores uma melhor qualidade de vida. Assim, compete ao enfermeiro intervir no processo do cuidar, por meio da educação, promoção, recuperação e reabilitação da saúde do portador, prevenindo e/ou minimizando os danos, muitas vezes, ocasionados devido as baixas condições socioeconômicas para a manutenção do tratamento adequado.