Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRATÁVEIS E DOENÇAS INFECCIOSAS: NÍVEL DE ACOMPANHAMENTO NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA/MG
Autores
ISABELLA RODRIGUES (Relator)
GUSTAVO HENRIQUE SILVA
ELIAS JOSÉ OLIVEIRA VON DOLINGER
ELISÂNGELA LELLIS AMARAL
FABIANA PRADO SILVA
Modalidade Pôster
Área A enfermagem e o terceiro setor
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: Nas últimas décadas o Brasil tem passado por alguns processos de transição, produzindo mudanças no perfil das doenças que afetam a população. Entre elas estão: a Transição Demográfica que resultou na diminuição das taxas de fecundidade e natalidade, com aumento progressivo da expectativa de vida; a Transição Epidemiológica caracterizada pelo crescimento da morbimortalidade por Doenças Crônicas Não Tratáveis (DCNT) e a ocorrência relativamente alta de doenças infecciosas; e por fim a Transição Nutricional que advém do aumento de sobrepeso e obesidade na população. A acelerada urbanização, as mudanças culturais e do padrão alimentar, o sedentarismo da vida moderna e o acesso aos serviços de saúde são algumas características que aumentaram a ocorrência de DCNT, destacando-se a Diabetes e a Hipertensão Arterial; nota-se que apesar do crescente numero de portadores, são muitos os que desconhecem possuir tal patologia e não buscam tratamento. Objetivos: Determinar a incidência de doenças crônicas (diabetes e hipertensão arterial) e infecciosas (tuberculose e hanseníase) no município de Uberlândia-MG. Metodologia: Análise secundária de dados disponibilizados pelo Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) referentes ao período de 2006 a 2010. Resultados: Ao longo desses cinco anos analisados observou-se um aumento progressivo de portadores de DCNT com relação a doenças infecciosas, nem todos os casos cadastrados são acompanhados/tratados; acompanhamento da diabetes em 70% e nos casos de hipertensão arterial foram 67%. Nas doenças infecciosas, houve seguimento dos casos de tuberculose cerca de 66% e na hanseníase 87%. Conclusão: Apesar da adesão ao acompanhamento do tratamento não estar abaixo de 65% em nenhum dos casos, é dado uma maior consideração às doenças infecciosas devido ao risco de contaminação à comunidade. O que não acontece com as DCNT conhecidas por serem “doenças silenciosas”, onde a falta de conhecimento sobre a própria patologia e a ausência de sinais e sintomas muito evidentes, leva à baixa adesão ao tratamento adequado e aos agravos que surgem como consequencia (ulcerações, AVC, infarto, dentre outros). Sendo importante o fornecimento de informações à população sob forma de educação continuada afim de que se conheça melhor as doenças, suas conseqüências e a importância do tratamento adequado; elevando a qualidade de vida dessas pessoas.