Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AOS CUIDADOS PALIATIVOS
Autores
ALINE PAIÃO DOS SANTOS (Relator)
GEOVANA SAMARA DA SILVA CARVALHO
SONIA REGINA JURADO
ANDREW FERREIRA RAMOS
TÁSSIA CAROLINE SOUZA E SILVA
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Pesquisa

Resumo
O convívio com uma doença ameaçadora da vida pode afetar o sujeito e a família em diversas dimensões – física, emocional, espiritual, social e econômica. No espaço hospitalar, as pessoas em fase final de vida são, com freqüência, isoladas em quartos, tidos como “leitos de morte”. Esse cenário alimenta o imaginário de solidão, abandono e esquecimento, exacerbando o sofrimento e o medo da morte. Esse quadro pode se agravar quando a equipe de saúde lida com a pessoa doente, focando exclusivamente na fisiopatologia e no aspecto biológico, negligenciando a demanda emocional, espiritual e social da pessoa que vive a situação-limite da penosa convivência com uma doença terminal. Neste contexto, faz-se importante na inclusão e adoção dos cuidados paliativos, que segundo a Organização Mundial da Saúde são como uma abordagem que aprimora a qualidade de vida, dos pacientes e familiares, que enfrentam problemas associados com doenças ameaçadoras de vida, através da preservação e alívio do sofrimento por meio da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e de outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual. Este artigo tem como objetivo enfatizar a importância dos cuidados paliativos na atuação do enfermeiro em pacientes com doenças terminais e seus familiares. Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter retrospectivo com recorte temporal, dos últimos 10 anos, no intuito de investigar e analisar os conceitos presentes na literatura pesquisada. A pesquisa produzida revelou que o enfermeiro deve estar habilitado a detectar sinais e sintomas e intervir precocemente a abordagem paliativa, permitindo a prevenção, a promoção do alívio da dor e de outros sintomas estressantes, preservando a vida e percebendo a morte como um processo natural, sem, no entanto, antecipar a morte nem tampouco prolongar desnecessariamente o estágio terminal, mas, integrando aos seus cuidados aspectos psicossociais e espirituais. Concluiu-se que as famílias apresentam diferentes necessidades que requerem uma intervenção personalizada do enfermeiro, através do estabelecimento de uma relação de confiança. E ainda o quão é importante a assistência de enfermagem no cuidado paliativo, tanto sob a ótica do cuidar quanto no desenvolvimento da profissão.