Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título PERDAS DA VACINA TETRAVALENTE EM UNIDADES DE VACINAÇÃO DO SETOR PÚBLICO
Autores
BÁRBARA FERRAZ DIAS (Relator)
MARIO LUCIO DE OLIVEIRA NOVAES
RENAN MORITZ VARNIER DE ALMEIDA
GRACIELA PAULA DO NASCIMENTO DUQUE
REBECA PISSOLATI LAWALL
Modalidade Pôster
Área Empreendedorismo
Tipo Pesquisa

Resumo
Objetivo: Identificar perdas da vacina Tetravalente (Difteria/Tétano/Coqueluche/ Haemophilus) no setor público da cidade de Juiz de Fora (JF), Minas Gerais, Brasil. Metodologia: Observaram-se as perdas da vacina Tetravalente (TETRA) em 46 unidades de vacinação (UV) do Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde-JF. A coleta de dados se fez de manualmente (consulta a planilhas padronizadas das UV) entre jan-2008/dez-2009, mensalmente. Observaram-se as doses distribuídas a cada UV e as perdas; estimaram-se as perdas mensais por meio da razão de perdas vacinais dada por w=(Nap/NTd) (w: percentagem de perdas da vacina TETRA; número de doses perdidas, Nap; número de doses distribuídas, NTd). Dividiram-se as perdas em “técnicas” (PT) (pré-aplicação da vacina) e “diversas” (PD) (devidas à expiração do prazo de validade, alterações na rede de frio, danos físicos, perdas no transporte ou inventários de estoques e uso de número de doses menor que o total do frasco multidoses). Resultados: Notou-se a perda total de 29084 (36,16%), das 86023 doses de vacina TETRA distribuídas no período observado; 13436 (16,96%) de PT e 15648 (19,20%) de PD. As maiores perdas foram em dez-2008, 2314 doses (77,13% do total desse mês): PT de 760 doses (25,33%) e PD de 1554 doses (51,80%). As menores perdas aconteceram em ago-2009: 290 doses (5,97% do total naquele mês) de PT e 502 doses (10,33%) de PD. Não se identificaram as razões das PD. Discussão: Os achados mostram perdas relevantes da vacina TETRA; a OMS/UNICEF estimam uma perda média de 50% em países em desenvolvimento (Setia et al., 2002). Não se identificaram as causas das maiores perdas (dez-2008). As limitações da pesquisa consistem na observação de apenas uma das vacinas do Programa de Imunizações brasileiro e que tais resultados não podem ser expandidos para outros locais; contudo a OMS menciona que perdas em áreas rurais são maiores que as de áreas urbanas (WHO, 2003). Enfatiza-se a necessidade de ações que reduzam as perdas: para as PT, um maior treinamento da equipe da UV; para as PD, o desenvolvimento de uma logística de distribuição/conservação das vacinas mais eficaz. Conclusão: As perdas vacinais são componentes relevantes para as estratégias de vacinação em todas as nações, principalmente nos países que dispõem de recursos escassos para a saúde. Neste artigo a ocorrência de perdas da vacina TETRA mostra a necessidade de sua minimização, para otimização dos recursos destinados ao setor.