Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título PERFIL E REDES SOCIAIS DE APOIO DE PACIENTES SOB CUIDADO DOMICILIAR ASSISTIDOS PELA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Autores
ANA BARBARA HOFFMANN CORREA (Relator)
RAMONE APARECIDA PRZENYCZKA
MARIA RIBEIRO LACERDA
Modalidade Pôster
Área A enfermagem e o terceiro setor
Tipo Monografia

Resumo
Dentro das propostas da Estratégia de Saúde da Família (ESF) está o cuidado domiciliar que, apesar das vantagens, possui limitações, uma vez que nem sempre a família está preparada para cuidar. Para suprir as necessidades da população que não são contempladas pelos serviços de saúde, recorre-se à rede social de apoio, também designada de apoio social. Considerando-se o nº crescente de pessoas sob cuidados domiciliares e a necessidade das redes sociais de apoio para a melhoria e facilidade do cuidado, realizou-se uma pesquisa quantitativa de natureza descritiva com 82 pacientes de um Distrito Sanitário do município de Curitiba/PR, no ano de 2011. Os objetivos foram: caracterizar o perfil sócio-demográfico e clínico dos pacientes sob cuidados domiciliares de um Distrito Sanitário do município de Curitiba/PR e identificar as redes sociais de apoio utilizadas pelos mesmos. Entre os resultados, verificou-se que 32,9% dos entrevistados estão na faixa etária compreendida entre 73 a 83 anos; 52,4% são do sexo masculino; 48,8% são casados; 73,2% das famílias possuem de 1 a 3 membros; 56,1% delas possuem renda de 1 a 2 salários mínimos; 57,3% são hipertensos, 22% são diabéticos; 8,2% possuem câncer; 40,2% são acamados e o acidente vascular cerebral acamou 36,4% dos pacientes; 2,4% requerem cuidados com sonda vesical de alívio, 6,1% com aspiração de vias aéreas, 51,2% com o banho, 22% com a alimentação; 87,8% possuem um cuidador; sobre os cuidadores, 25,6% são filhos dos pacientes, 22,2% tem entre 52 a 60 anos; 51,2% das famílias recebem algum tipo de ajuda: 27% com transporte, 22% com andador, respirador e cadeira de rodas, 20% com cuidado direto ao paciente, 5% com curativos e medicamentos, 2% com cesta básica; 56% delas adquire os recursos necessários de parentes, 10,7% de amigos, 10,7% da igreja, 8% da Unidade de Saúde, 4% de vereadores, 2,7% da Prefeitura, 2,7% da Fundação de Apoio Social, 2,7% de hospitais, 1,3% da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná. Tais resultados evidenciam que o cuidado prestado no domicílio deve estender-se ao cuidador, principalmente quando se trata de um cuidador idoso. Verificou-se a utilização de várias redes sociais de apoio, porém as mais citadas compreenderam as informais, o que mostra a relevância de se divulgar os demais apoios. Destaca-se a necessidade de mais estudos que identifiquem as ações específicas de cada rede social de apoio, a fim de ampliar sua utilização por outras famílias sob cuidado domiciliar.