Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título RELATO DE EXPERIÊNCIA EM NOTIFICAR OS CASOS DE AIDS
Autores
MARIELI THOMAZINI PISKE (Relator)
JEFFERSON VITORINO CANTÃO DE SOUZA
ARMELINDA PEDRINI FARIA
GUILHERMINA MARIA SOARES RABBI
JULIANA LOPES FAVERO
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Relato de experiência

Resumo
A Aids representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade, em função do seu caráter pandêmico e de sua gravidade. É uma doença de notificação compulsória e deve ser notificada por médico, enfermeiro ou outro profissional de saúde (Lei 6259 de 30/10/1975). As informações das notificações de Aids, que se enquadram em um dos critérios de definição de caso, têm sido utilizadas para caracterizar a dinâmica da epidemia, assim como para subsidiar as ações de prevenção e controle da doença. Em um Hospital do Estado do Espírito Santo, as notificações de hanseníase, tuberculose, leishmaniose e Aids, são feitas espontaneamente por profissionais deste serviço, as demais doenças e agravos de notificação são feitas pelo Núcleo de Epidemiologia Hospitalar (NEH). Devido à subnotificação dos casos de Aids neste Hospital a notificação passou a ser feita também pelo NEH, a partir de agosto de 2010.Objetivo: Apresentar a experiência vivenciada pelos estagiários de Enfermagem do NEH, com a realização das notificações dos casos de Aids.Metodologia: Relato de experiência de estagiários do NEH, que iniciaram, desde agosto de 2010, as notificações de Aids. Inicialmente, os estagiários foram capacitados pela coordenadora do NEH, conhecendo a clínica e epidemiologia da doença, os critérios da notificação e a forma de abordar o paciente. As notificações foram feitas junto à coordenadora do serviço com a discussão teórica com a equipe de estagiários.Resultados: Ao longo das capacitações foram trabalhadas questões polêmicas e esclarecidos pré-conceitos. Iniciar as notificações foi uma tarefa árdua devido à ansiedade. Foi necessário manter a mesma naturalidade para perguntar desde a escolaridade até a coleta de dados comportamentais, como o uso de drogas injetáveis e hábitos sexuais, para garantir a fidedignidade dos dados. Foi evidenciada a importância de não forçar o paciente a responder e de levá-lo para um ambiente reservado. Alguns pacientes ficaram intimidados, outros a vontade e alguns se negaram a responder.Conclusão: Esta experiência de notificação realizada pelos estagiários consolida a relação entre a teoria e a prática, ampliando o conhecimento para a formação profissional e pessoal. É necessário fazer uma abordagem adequada ao paciente, por se tratar de doença que carrega um grande estigma social, conhecer a clínica e as doenças oportunistas da Aids que o paciente apresenta para adotar precauções necessárias e garantir o sigilo das informações.