Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título ÉTICA DO ENFERMEIRO: O DISCENTE DE ENFERMAGEM COMO AGENTE DE SUA PRÓPRIA FORMAÇÃO
Autores
MARIA DO SOCORRO QUEIROZ DE MELO (Relator)
CLÁUDIA SANTOS MARTINIANO SOUSA
EMANUELLA DE CASTRO MARCOLINO
FERNANDA CARLA MAGALHÃES
FERNANDA FERREIRA SOUZA
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Enfermagem estabelecem que o curso de Graduação em Enfermagem deve ter como perfil do formando egresso/profissional: o Enfermeiro, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva pautada em princípios éticos (BRASIL, 2001). Considera-se que, no contexto acadêmico os alunos da graduação em enfermagem, vivenciam vários momento/situações onde a ética deve ser estimulada e, mais que isso, incorporada ao seu fazer cotidiano. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre o fazer ético no cotidiano dos acadêmicos de enfermagem enquanto agentes da própria formação. Metodologia: O estudo delineia-se como um relato de experiência baseado na vivência e observação do cotidiano acadêmico do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Estadual da Paraíba. Os elementos vivenciados e observados foram as relações acadêmicas entre discentes, e discentes e docentes, nos mais variados espaços acadêmicos, tais como: a sala de aula, os campos de estágios e os grupos de pesquisas. Resultados: Na sala de aula observam-se vários sinais da onde a ética é posta de lado, a exemplo: do acordo tácito entre discentes e docentes para uma formação puramente tecnicista, sem sérias avaliações quanto ao papel de um e outro; das listas de freqüência assinadas por outrem; da busca de notas excelentes através de meios duvidosos. Nos estágios supervisionados, a ética é negligenciada, uma vez que se aceita a Enfermagem como a ciência do improviso sem exigência do material adequado a técnica aprendida. Na pesquisa, é comum ver discentes pactuando autorias das quais nem sempre participa. Enquanto grupo, observam-se posturas discentes antiéticas ao apagar os emails coletivos da turma, impedindo que os colegas tenham acesso a informações importantes; e por fim, imbuídos pelo apelo mercadológico, projetam-se formaturas luxuosas, porém excludentes daqueles alunos desabonados de condições financeiras. As situações destacadas nem sempre são refletidas por alunos e professores conduzindo ao descaso com a ética corporificada ao cotidiano dos graduandos limita a uma disciplina curricular. Considerações Finais: Compreendendo os discentes como co-responsáveis por sua formação e o período de formação como capacitação para o exercício da profissão, verifica-se que é preciso refletir e discutir sobre a ética na formação, para o alicerce e a projeção de um futuro profissional de enfermagem.