Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título PLANEJAMENTO E GESTÃO APLICADOS AOS SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL
Autores
EDSON MENDES CRUZ MELO (Relator)
LEONARDO OLIVEIRA ALVES DE CASTRO
RANIERE RODRIGUES DA SILVA
DANDARA ANDRADE DE SANTANA
LEONARDO PEIXOTO PEREIRA
Modalidade Pôster
Área A enfermagem e o terceiro setor
Tipo Pesquisa

Resumo
Os processos que se desenvolvem e envolvem as políticas de saúde são dialéticos, os esforços que culminam no alcance de objetivos, muitas vezes, estão em contemporaneidade com o surgimento de novos desafios e situações problema. Diante disto, a organização dos processos políticos, gerenciais, administrativos, bem como o uso e alocação de tecnologias, é essencial para a manutenção de um equilíbrio dos sistemas de saúde como um todo. Contudo, somente a partir dos anos 70 com o fortalecimento do movimento social, é que a política, o planejamento e a gestão entraram efetivamente na pauta das discussões. Frente ao exposto, a pesquisa teve por objetivo discutir o planejamento e a gestão aplicados aos serviços de saúde no Brasil. Tratou-se de uma revisão de literatura subsidiada por artigos publicados nas bases de dados SCIELO, BIREME e LILACS e no acervo da biblioteca da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié, entre os anos 2000 a 2010. Os resultados obtidos revelam que para a satisfatória intervenção do planejamento é preciso repensar no que na maioria das vezes é feito no campo da saúde, em que os métodos de planejamento e gestão são verticais e a normatividade é preconizada em detrimento dos sujeitos. As estratégias que planejam de maneira instrumentalizada, baseiam-se no capitalismo e almejam controlar os serviços de todos os processos. Porém o planejamento e gestão de tecnologias em saúde altamente normativos, é marcado por um processo permanente de disputas e conflitos de interesses. No Brasil a luta para superar a normatividade se desenha através de planejamentos estratégicos para a construção de uma prática reformadora. As propostas fundamentam-se na epidemiologia e no destaque dos determinantes do processo saúde-doença; na comunicação, no combate modelo médico hegemônico e na validação de procedimentos eficazes e solidários à vida. Pode-se enfim, observar que para se alcançar a ideal relação planejamento-gestão-serviço deve-se pensar o modelo de assistencial pautado na forma de um círculo. Pensar no círculo é pensar na responsabilidade mútua, no financiamento justo e no acolhimento; é o profissional receber o paciente independente da porta e criar um vínculo, encaminhá-lo para outros serviços coerentes com a necessidade do sujeito, se for o caso. Deste modo, os serviços não estarão mais superlotados desnecessariamente e as pessoas serão assistidas em espaços tecnológicos adequados.