Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título OS PARADIGMAS DA PROMOÇÃO DA SAÚDE DIANTE DA CO-RESPONSABILIDADE DOS SUJEITOS EM BUSCA DA QUALIDADE DE VIDA
Autores
FABIANA SANTOS DOS ANJOS (Relator)
LEONARDO PEIXOTO PEREIRA
EDSON MENDES CRUZ MELO
RANIERE RODRIGUES DA SILVA
DANDARA ANDRADE DE SANTANA
Modalidade Pôster
Área A enfermagem e o terceiro setor
Tipo Pesquisa

Resumo
As condições de saúde associadas com aspectos de qualidade de vida não se traduzem em uma relação nova, há muito tempo se postula tal associação. Verdade é que as condições de saúde melhoraram nos últimos tempos. Houve aumento da expectativa de vida e melhoria dos indicadores de saúde; progressos econômicos, sociais e ambientais; avanços na medicina e saúde pública. Contudo, entender a promoção da saúde como responsabilidade única e vertical dos gestores é um equívoco que engessa a promoção da saúde e da qualidade de vida. Promover saúde não trata-se de uma receita perfeita em que se diz: - não fume, - não beba, - faça exercícios. Frente ao exposto, a pesquisa teve por objetivo discutir os paradigmas da promoção da saúde diante da co-responsabilidade dos sujeitos em busca da qualidade de vida. Tratou-se de uma revisão de literatura subsidiada por artigos publicados nas bases de dados SCIELO, BIREME e LILACS e no acervo da biblioteca da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié, entre os anos 2000 a 2010. Os resultados obtidos apontam que promover saúde é romper com o paradigma centrado na doença, é trabalhar com o horizonte voltado a desarticular as causas básicas dos problemas de saúde. A doença não pode ser vista como uma fatalidade. Esta deve ser trabalhada sobre seus determinantes de modo a proporcionar qualidade de vida para os sujeitos, mas para que eles sejam co-responsáveis pela sua qualidade de vida e não meras cobaias do sistema, que engendram programas verticalizados, medicalizantes e não levam em conta as peculiaridades individuais e coletivas das sociedades, é preciso fortalecer as populações, informar os indivíduos, desenvolver o empowerment, criar senso de responsabilidade com o ambiente e desenvolver autonomia das pessoas. Pode-se enfim, observar que para o sucesso da promoção da saúde e qualidade de vida, a população necessita estar munida de poder para que as pessoas conquistem autonomia e tomem as decisões sobre os aspectos que afetem a sua vida. O indivíduo deve ser livre de coações e manifestar seus valores e crenças. Ele deve ter a capacidade de decidir racionalmente entre as alternativas que se apresentem em sua vida e compreender as consequências destas, além de se responsabilizarem por elas. As ações de saúde não devem penalizar as pessoas por não terem cuidado da própria saúde e sim fornecer meios para que eles sejam capazes de entender o processo e responsabilizar-se pela sua saúde e qualidade de vida.