Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título MARCADORES SOROLÓGICOS DE INFECÇÃO SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM GESTANTES QUILOMBOLAS DO NORDESTE DE GOIÁS
Autores
JACKSON MONTEIRO RODRIGUES DE SOUZA (Relator)
CÁCIA RÉGIA DE PAULA
LUDMILA GREGO MAIA
SANDRA MARIA BRUNINI DE SOUZA
Modalidade Pôster
Área A enfermagem e o terceiro setor
Tipo Monografia

Resumo
Introdução: as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são aquelas que podem ser disseminadas através do contato sexual e devido a sua epidemiologia e magnitude constituem assim um importante problema de saúde pública em todo o mundo. Em gestantes a preocupação torna-se maior haja vista a possibilidade de transmissão vertical de algumas doenças como sífilis, Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), Hepatite B e Vírus T-linfotrópicos humanos (HTLV). Objetivo: descrever a prevalência dos marcadores sorológicos de infecções sexualmente transmissíveis e os fatores associados em gestantes usuárias do Programa de Proteção a Gestante da comunidade quilombola Kalunga da Região Nordeste de Goiás no período de 2005 a 2009. Metodologia: Estudo de corte transversal utilizando dados secundários. A população do estudo foi constituída de todos os registros das gestantes residentes nas comunidades de Cavalcante, Monte Alegre de Goiás e Teresina de Goiás no Programa de Proteção à Gestante (PPG) e no SISPRENATAL, triadas no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2009, constituindo um total de 1.866 registros, excluídos através de linkage os registros que não puderam ser pareados nos dois bancos de dados. Resultados: A prevalência global para os marcadores sorológicos em estudo mostram a infecção pelo HIV e positividade para HBV em 0,8% e 14,6% respectivamente. A soroprevalência para o VDRL nesta população foi de 0,7%. A soroprevalência para HIV em gestantes quilombolas foi 0%. Para a sífilis, o resultado foi de 0,4% IC (0,10-1,29) nas gestantes quilombolas. Os marcadores sorológicos disponíveis para hepatite B mostram uma prevalência global de 8,1% IC (6,32 – 10,41) em quilombolas. Conclusões: Apesar das gestantes serem usualmente consideradas uma parcela da população com baixo risco para as IST, quando há alguma infecção em curso acaba por acarretar danos importantes à saúde sexual e reprodutiva da mulher, além de levar riscos na hora do parto e transmissão vertical de algumas doenças. Significam também onerar de forma considerável o sistema de saúde com suas diversas complicações. O levantamento do perfil epidemiológico dessas IST possibilitará o direcionamento das ações preventivas e conseqüentemente a redução do número de infecções, ampliando a visão da gestão local para investimentos em ações como ampliação da cobertura do pré-natal, melhoria do acesso, diagnóstico precoce, estratégias de educação permanente em serviço.