Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título PERFIL DA MORTALIDADE MATERNA: UMA ANÁLISE REGIONAL EM PERNAMBUCO
Autores
GISELLE DE MEDEIROS FÉLIX (Relator)
ANGELA VALÉRIA XAVIER DE FRANÇA
SILVANO PAULINO DA SILVA
THAIS ISRAELLA ALVES BEZERRA
JOAO RILDAMAR DE ANDRADE
Modalidade Comunicação coordenada
Área A enfermagem e o terceiro setor
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A taxa de mortalidade materna é um importante indicador de saúde, mas também é considerada um excelente indicador de desenvolvimento. Nos países desenvolvidos a média é de que anualmente venham a óbito nove mulheres para cada cem mil nascidos vivos, já em alguns países subdesenvolvidos esta taxa chega a duzentas mortes por ano. No Brasil dados de 2007 do Ministério da Saúde apontam para setenta e cinco mortes para cada cem mil mulheres. Objetivos: Objetiva-se, portanto, traçar o perfil da mortalidade materna no ano de 2006 a 2008 das mulheres em idade fértil nos municípios que compõe a VI Gerência Regional de Saúde de Pernambuco - GERES. Metodologia: A pesquisa consiste de um estudo retrospectivo, realizada a partir da consulta a dados secundários obtidos através de Declarações de Óbitos (DO), Ficha de Investigação de Mortalidade Materna e Dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), fornecidos pela VI GERES. Utilizamos categorias do CID-10 referentes à mortalidade materna para classificarmos a causa mortis. A amostra estudada refere-se aos quatorze óbitos de mulheres entre 10 e 49 anos por causa materna, nos anos de 2006 a 2008. Resultados: No que tange ao perfil das mulheres que vieram a óbito pudemos analisar que são pardas, agricultoras, com um baixo nível de escolaridade, com idade inferior a 35 anos. Foi possível perceber que dos três anos analisados, 2007 foi o que apresentou maior índice de mortalidade materna atingindo um coeficiente de 80,54 (mortes por 100.000 nascidos vivos). Destes sujeitos da amostra 31% realizaram até 3 consultas de Pré-natal. Conclusão: Com base nos dados analisados concluímos que ainda a maior frequência de mortalidade está entre pessoas de classes menos favorecidas, com menos acesso a serviços básicos como educação e saúde. Por estes motivos reverberamos a importância de termos os Índices de Mortalidade Materna não só como indicadores de saúde, mas também de desenvolvimento, uma vez que os dados nos mostram que as taxas no Brasil reduziram, mas em regiões mais pobres como Norte e Nordeste os índices mantém-se elevados.