Anais - 14º CBCENF

Resumos

Título INVASÃO DE PRIVACIDADE: UMA QUESTÃO ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Autores
KETLEN FERREIRA DE BARROS (Relator)
JONAS FERNANDES DE MEIRA
JORDANA DOS SANTOS ALVES
WÂNIA RIBEIRO TRINDADE
JENNIFER CAROLINE FERREIRA DA VITÓRIA CARNEIRO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Pesquisa

Resumo
O profissional de enfermagem em seu dia-a-dia é o ser responsável pelos cuidados com o paciente e é o profissional de saúde que tem maior autorização para tocar o corpo durante o cuidado. Com esta afirmação a enfermagem não pode ignorar que ao cuidar da pessoa deve pedir sua autorização, evitando uma postura de poder sobre o corpo de outrem. A enfermagem é a que mais mantém contato com o cliente durante a internação, e é a que mais expõe, toca e manuseia o corpo ao implementar a assistência. O capítulo IV – dos deveres da enfermagem contido no código de ética, preconiza que o enfermeiro deve: “Art. 28 – respeitar o natural pudor, a privacidade e a intimidade do cliente”. Diante disto, o objetivo desta pesquisa foi realizar uma revisão bibliográfica para identificar os principais motivos de reclamação dos clientes hospitalizados ou não, devido a invasão de privacidade e apontar as condutas necessárias do enfermeiro em respeito à privacidade do indivíduo. Foram identificados no site do Scielo quatro artigos do ano de 2002 a 2010 que abordam o tema. A análise infere que dentre as situações de desconforto vivenciadas pelo idoso, as reclamações são referentes ao mexer na gaveta onde estão guardados objetos pessoais, quando a cabeceira é mudada de posição e quando o seu sono e repouso é interrompido devido a enfermagem acender a luz para realizar procedimentos. Idosos ainda reclamam da exposição corporal no momento de um procedimento técnico ou troca de roupa, sem o uso do biombo. Em relação aos pacientes em CTI, a equipe de saúde concentra as atividades em situações críticas, o que dificulta o controle da exposição dos clientes. Estes reclamam da exposição do corpo como motivo de humilhação, desconforto, constrangimento, vergonha, auto-imagem afetada, embaraço, incômodo, algo desagradável e difícil, falta de privacidade, desinformação, desrespeito e presença do cuidador do sexo oposto. A perda da privacidade é, portanto uma condição aditiva de estresse e pode gerar sofrimento durante a hospitalização. Ressalta-se que quando o cliente vê o seu corpo despido sente seu pudor ferido, que é produto da sua cultura. A enfermagem deve preservar a intimidade e a privacidade usando biombos, cobrindo partes do corpo que não precisam ficar expostas e solicitar que familiares/visitas retirem-se do quarto. Devem-se evitar barulhos e interrupções do sono. A comunicação é vital para estabelecer um diálogo produtivo, valorizando gestos, expressões e atitudes dos clientes.