Introdução: Atualmente, é comum encontrarmos nos cursos superiores, um projeto pedagógico como mero instrumento de transmissão de conhecimento e informações, sem valorização da flexibilidade e diversidade, prejudicando, assim, a qualidade da formação oferecida aos estudantes. Em resposta a este panorama, em 2001 o Conselho Nacional de Educação, institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, tendo como uma das propostas contemplar atividades complementares e criar mecanismos de aproveitamento de conhecimentos, adquiridos pelo estudante, através de estudos e práticas independentes. Assim, vêm ganhando força, progressivamente, as Ligas Acadêmicas, desenvolvidas como atividades extracurriculares e uma forma de preencher as lacunas existentes na formação universitária. Objetivo: Relatar as experiências adquiridas em uma Liga Acadêmica, como forma de favorecer o crescimento e aprendizagem acadêmica. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência referente à participação em uma Liga Acadêmica de Saúde da Família, da Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, durante o período de setembro de 2009 a setembro de 1010. Resultados: Obteve-se experiências singulares como a compreensão da saúde como fator multicausal, assistência o paciente como ser integral, aproximação teórico-prática, amadurecimento emocional, habilidades relacionais com equipe e usuários, aprimoramento de competências práticas, tomada de decisões e raciocínio crítico, atividades de prevenção de agravos e promoção da saúde. As experiências adquiridas confirmam que o processo educacional envolve experiências que ultrapassam os limites da sala de aula e das atividades curriculares obrigatórias e que, ambas, contribuem com mudanças significativas para a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes. Conclusão: Pelas vivências adquiridas percebemos que, de fato, as Ligas Acadêmicas contribuem a formação de um profissional humano e ético, reflexivo e crítico, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania; um profissional capaz de perceber e acolher o paciente em sua complexa integralidade biopsicocultural, capaz de trabalhar, respeitosa e construtivamente, em equipe multidisciplinar e disposto a procurar ativa e permanentemente o conhecimento. |