Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título ANÁLISE DA MORTALIDADE MATERNA NA 12º MICRORREGIONAL DE SAÚDE DO CEARÁ NO PERÍODO DE 2002 A 2005
Autores
FRANCISCA WLÁDIA RAQUEL SABÓIA CHAVES (Relator)
JOÃO LUIS GRAFF
FRANCISCA GARDENIA SABÓIA CHAVES GRAFF
Modalidade Pôster
Área Multiprofissionalidade e democracia
Tipo Pesquisa

Resumo
Aproximadamente meio milhão de mulheres morrem no mundo por ano devido a complicações relacionadas ao ciclo gravidico-puerperal. A mortalidade materna ocorre devido a causas que podem ser evitáveis, em sua maioria. A incidência da morte materna é maior em países em desenvolvimento, onde estão 86% dos nascimentos no mundo. Muitas das mulheres que não morrem neste período sobrevivem com agravos para sua saúde (GROOT, 1996; PRENDIVILLE, 1996). Este estudo buscou avaliar as causas das mortes maternas ocorridas na 12ª Microrregional de Saúde do Ceará (12ªMRS), nos anos de 2002 a 2005. A 12ª MRS está localizada na região norte do Estado do Ceará, formada por sete municípios: Acaraú, Bela Cruz, Cruz, Itarema, Jijoca de Jericoacoara, Marco e Morrinhos. Possui uma população total de 188.259 habitantes. Estudo documental, retrospectivo com abordagem quantitativa. Foram analisados 16 óbitos maternos, os dados foram coletados através de um formulário junto ao Comitê de Prevenção a Mortalidade Materna. O coeficiente de mortalidade materna no período foi de 122,22/100.000 nv, quando o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de até 20/100.000 nv. Os resultados evidenciaram que o maior risco para óbito materno se encontra em mulheres com idade que varia de 20 a 34 anos (67,50%), com salário familiar igual ou inferior a três salários mínimos (100,00%) e com escolaridade máxima de Ensino Fundamental completo (68,75%). Com menos de seis consultas de pré-natal (62,50%), inicio do pré-natal no segundo trimestre de gestação (50,00%). O momento do óbito foi durante a gestação (25,00%), durante o parto (25,00%) e no puerpério (31,25%). O local de maior ocorrência foi o hospital (81,25%). O tipo de parto cesariano (50,00%). Quanto a classificação, 81,25% eram evitáveis, e apenas 18,75% inevitáveis. Obstétricas Diretas (56,25%), sendo que as principais causas foram mortes relacionadas a problemas no parto (25,00%) e Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) (18,75 %). Obstétricas Indiretas foram 12,50% e, 31,25% foram classificadas como morte obstétrica não especificada. A pesquisa aponta para a necessidade de empreender-se um grande esforço na disseminação e melhoria da assistência pré-natal, principalmente dando-se ênfase na identificação precoce das situações de risco bem como dos casos de doença hipertensiva específica da gravidez e ainda a necessidade de um sistema eficiente de referencia e contra-referencia. .