Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: DIFICULDADES NO ACOMPANHAMENTO DOS CASOS
Autores
RENATA TORRES MARTINS (Relator)
FRANCISCO EMANUEL SOUZA TEIXEIRA
LÚCIA CLAUDIANE OLIVEIRA LOPES
MAYARA MESQUITA MORORÓ PINTO
MARIA ALBERTINA ROCHA DIÓGENES
Modalidade Pôster
Área Autoridade, poder e cidadania
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A violência configura um fenômeno de múltiplas determinações. Refere-se à hierarquia de poder, conflitos de autoridades e desejo de domínio. Dados mostram que, relacionado aos tipos de violência entre as mulheres, 52% dos casos são de violência física, 39% de violência sexual e 58% moral. Atentou-se para o presente estudo, o alto índice de violência contra mulheres, a dificuldade no acompanhamento dos casos e a carência de profissionais capacitados. OBJETIVO: Identificar ações de saúde relacionadas à violência contra a mulher e avaliar o preparo dos profissionais no acompanhamento dos casos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, com pesquisa em livros e artigos científicos disponibilizado nos sites: Scielo e Bireme. A pesquisa, com referência segundo a ABNT, foi realizada em abril e maio de 2010. Os dados foram analisados após extenuante leitura. DESENVOLVIMENTO: A violência contra a mulher apresenta-se sob muitas formas, como estupros, prostituição forçada, mutilação genital e outros. Quando cometida por parceiro íntimo é um fenômeno complexo que vem sendo encarado como problema de saúde pública, não somente devido às complicações, mas também ao fato de o serviço de saúde ser um dos locais mais procurados nessa situação. Escolas formadoras de profissionais da saúde não preparam para o manejo de casos de violência, o que pode contribuir para a não detecção do ocorrido. A Área Técnica de Saúde da Mulher financiou, de 2003 a 2009, R$ 6,67 milhões em projetos para qualificação dos profissionais na atenção às mulheres e adolescentes que procuram os serviços, a fim de que sejam acolhidas e assistidas de forma adequada, evitando a reincidência do problema. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os serviços de saúde possuem um importante papel no enfrentamento da violência, atuando no reconhecimento e acolhimento da mulher antes da ocorrência de seqüelas ou na prevenção dos acontecimentos. No entanto, falta a capacitação dos profissionais para detectar situações de violência. O despreparo dos profissionais frente aos casos detectados pode levar à rejeição do atendimento. Os serviços de saúde não desenvolvem ações articuladas com os serviços de atendimento psicossocial, resultando em ações independentes e ineficazes. Existe a necessidade de discutir a questão de violência contra as mulheres na cotidianidade dos serviços de saúde, de definir prioridades para capacitar os profissionais e de estabelecer parcerias com outros serviços.