Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título CORTICOSTERÓIDES, REFRIGERANTES E A PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE EM ADOLESCENTES
Autores
AVANILDE PAES MIRANDA (Relator)
CASSIA-MOURA, R.
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A osteoporose é caracterizada pela diminuição da densidade mineral óssea (DMO) e deterioração da microestrutura do osso. Dentre as causas secundárias estão a corticoterapia e a ingestão de refrigerantes, as quais representam fatores potencialmente modificáveis. Os corticosteróides podem induzir a osteoporose devido a apoptose nos osteoblastos com inibição na síntese da matriz óssea; e o consumo de refrigerantes, devido ao aumento na excreção urinária do cálcio. Objetivo: Avaliar se adolescentes estão realizando a prevenção da osteoporose sendo evitada a ingestão de refrigerantes bem como a corticoterapia. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal quantitativo, onde foram aplicados questionários com adolescentes de uma escola pública em Recife/PE, no período de 03/08 a 30/09/09. Ao término do questionário, em cada turma foi ministrada uma palestra sobre a prevenção da osteoporose na adolescência. Foram analisadas as seguintes variáveis: idade, gênero, uso de corticosteróides e a freqüência de ingestão de refrigerantes. A corticoterapia é prejudicial à DMO se acima de 2 meses e com dose superior a 5mg/dia. Resultados: Os 207 adolescentes avaliados foram do ensino fundamental e médio, na faixa etária de 10 a 19 anos de idade, sendo do sexo masculino 30,92% (n=64). Ingerem refrigerante 99,03% (n=205) dos adolescentes, sendo que 56,52% (n=117) utilizam até duas vezes por semana e 42,51% (n=88) fazem uso durante três ou mais vezes na semana. Nunca ouviram falar na palavra “corticosteróide” 91,30% (n=189) dos adolescentes, sendo possível que alguns deles tenham feito uso do medicamento sem saber que era um corticosteróide. Dentre os que referiram já ter ouvido falar em “corticosteróide” (8,70%; n=18), responderam nunca ter usado o medicamento 6,28% (n=13); e aqueles que realizaram corticoterapia (2,41%; n=5), foi referida uma dose inferior a 5mg/dia. Conclusão: Se considerada a ingestão de refrigerante pelos adolescentes, a maioria não está se prevenindo da osteoporose. Inclusive a maioria dos adolescentes avaliados referiu nunca ter ouvido o termo “corticosteróide”, apesar do amplo uso desta medicação na área de saúde. Fica evidente a necessidade de que adolescentes sejam orientados sobre os perigos sobre a DMO, tanto em relação aos corticosteróides como aos refrigerantes. Trabalho parcialmente financiado pela FACEPE.