Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título VULNERABILIDADES E CONHECIMENTO DE PROSTITUTAS ACERCA DA PREVENÇÃO DE CÂNCER DE COLO UTERINO
Autores
ÉRICA DE ALENCAR RODRIGUES NERI (Relator)
ISANDRO PEÇANHA NERI
NINA MARIA PIAUILINO MATOS RODRIGUES
PRISCILA DE SOUZA AQUINO
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A prostituição é uma profissão antiga que sempre expôs as mulheres a diversos tipos de riscos. Ao manter relações com uma multiplicidade de parceiros e não tomando os devidos cuidados, a população aqui descrita compromete sua saúde sexual e reprodutiva podendo adquirir e contribuir para a disseminação de HIV e outras DST, bem como desenvolver o câncer de colo de útero (CCU). OBJETIVO: Refletir sobre a vulnerabilidade de prostitutas para o desenvolvimento do câncer de colo uterino. METODOLOGIA: Estudo do tipo reflexivo, realizado por meio de leitura das pesquisas disponibilizadas nas bases de dados LILACS e SciELO, no período de março a junho de 2010, utilizando os descritores prostituição, câncer de colo do útero e Papanicolaou. RESULTADOS: Vários fatores de risco para câncer de colo do útero foram encontrados nos estudos com prostitutas, tendo em vista sua estreita relação com os tipos oncogênicos do HPV. Houve alta prevalência de iniciação sexual precoce, baixa renda mensal e multiplicidade de parceiros semanais. Estudos com mulheres com lesão de alto grau no colo uterino e sobre a mortalidade por esta patologia evidenciaram a relação dos fatores de risco com a lesão. A exposição aos fatores de risco pode estar diretamente relacionada à baixa condição econômica e educacional destas mulheres. Muitas prostitutas estão nesta profissão por não encontrarem outro meio para se sustentar e se submetem aos riscos, principalmente subjugando a utilização do preservativo. Ademais, o valor pago pelos clientes para obter uma relação sexual desprotegida é maior. Com relação ao conhecimento sobre a prevenção, boa parte das prostitutas só realiza o exame quando apresenta algum sintoma. O comprometimento da saúde destas mulheres pode estar relacionado à ausência de orientação ou atividades de educação em saúde, pois além da falta de conhecimento também existem entraves como medo e receio do estigma, o que as leva a não procurar os serviços de saúde. CONCLUSÃO: A educação em saúde envolvendo essa temática é de grande relevância para a minimização dos riscos associados à prostituição, permitindo a essas pacientes uma abordagem autônoma e consciente do seu autocuidado. As vulnerabilidades existem, mas poderão ser minimizadas por ações de promoção da saúde sexual e reprodutiva, que podem ser efetivadas pela educação aos pares.