Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título VIOLÊNCIA PERPETRADA PELO COMPANHEIRO DURANTE A GESTAÇÃO: REVISÃO DE LITERATURA
Autores
LORENA DE OLIVEIRA CASTRO (Relator)
ROSINEIDE SANTANA DE BRITO
DANYELLE LEONETTE ARAÚJO DOS SANTOS
INGRID GURGEL AMORIM
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A violência contra a mulher é considerado um problema de saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 205 mil casos são registrados por ano, sendo a maioria dos agressores os próprios companheiros das vítimas. Uma das fases da vida da mulher que tem sido discutida como desencadeador de episódios violentos é a gravidez. Tal fato traz conseqüências maléficas à saúde da díade mãe-filho, como: aborto, parto prematuro, baixo peso ao nascer e até a morte de ambos. Deste modo, dada a relevância da temática, o estudo teve como propósito identificar na literatura as formas de violência perpetradas pelo companheiro contra a gestante e os fatores de risco associados a este evento. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura elaborada a partir do resgate de artigos publicados entre os anos de 2003 a 2008, nas bases de dados LILACS e SCIELO. O acesso às bases ocorreu no mês de outubro de 2009. Foram utilizados os descritores violência baseada em gênero, violência doméstica e Gravidez, obtendo-se um total de 33 artigos, dos quais 06 foram selecionados por estarem relacionados aos objetivos do estudo. Resultados: Identificou-se a violência psicológica como a forma mais vivenciada pelas gestantes, seguida da violência física e sexual. As principais agressões verbais encontradas na literatura foram insultos, humilhações e ameaças pelo companheiro. Quanto aos atos violentos, predominaram tapas, socos, empurrões, chutes e, até mesmo, o uso de armas brancas e de fogo. A respeito dos fatores de risco da violência na gravidez detectou-se a baixa escolaridade e histórico de violência na família da mulher e do cônjuge, além do desemprego e do uso abusivo de álcool por seu companheiro. Conclusão: Constatou-se que a violência cometida pelo companheiro durante a gravidez é um tema pouco explorado. Contudo, pode-se afirmar que as grávidas inseridas em estratos sociais mais baixos apresentam maior propensão de vivenciarem situações de violência. A subnotificação dos casos, especialmente, em decorrência de sentimentos de culpa e vergonha por parte da gestante, dificulta o dimensionamento do problema e a elaboração de medidas específicas para esse público. Dessa forma, o papel da equipe de saúde é relevante para identificar, avaliar, informar e reabilitar as mulheres grávidas que sofrem violência advinda de seus companheiros.