Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título ANTAGONISMO DE AÇÕES ENTRE O SISTEMA DE SAÚDE E PRISIONAL NO CONTROLE AO ABANDONO DA TUBERCULOSE
Autores
ALESSANDRA KARLA MACIEL (Relator)
SILVANIA CAMPELO DA SILVA
DARLENE NUNES DE SOUZA CABRAL
DEBORAH DANIELLE TERTULIANO MARINHO
DANNIELLY EULINA TORRES PEREIRA
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
A ocorrência de tuberculose (TB) na população carcerária brasileira representa atualmente uma grande preocupação para a saúde pública, considerada responsável por altas taxas de mortalidade e índices de incidência superiores às encontradas na população geral. As situações de confinamento em que vive esta população, além de favorecer a transmissibilidade, exigem uma atuação incisiva dos profissionais de saúde para aumentar as chances de cura e evitar a ocorrência do abandono. Frente à especificidade deste grupo, torna-se necessário conhecer quais os fatores que influenciam e determinam o abandono. OBJETIVO: Analisar segundo a percepção de apenados em regime de re-tratamento para tuberculose, as condições que favoreceram o abandono no primeiro episódio da doença. MÈTODOS: Estudo de abordagem qualitativa, que elegeu cinco apenados em re-tratamento, internados em Hospital de Referência para Doenças Infecto-Contagiosas do município de João Pessoa-PB. Utilizou-se a entrevista semi-estruturada como instrumento de investigação, e os dados empíricos obtidos foram analisados, segundo a técnica Análise de Conteúdo, modalidade Temática. RESULTADOS: A análise aponta que a adesão ao tratamento é influenciada por fatores relacionados ao doente e ao desempenho institucional (setor saúde e prisional). Quanto aos aspectos referentes ao apenado, foi apontado que por ocasião do uso de drogas ilícitas, deixa de fazer uso do medicamento. No desempenho do setor saúde foi apontado insuficiência de informações quanto à doença; quanto ao uso das medicações. Na instituição prisional, observa-se que o tratamento não é feito sob regime supervisionado, em alguns casos a medicação é entregue semanalmente ao apenado, ocasionando a ingestão incorreta e/ou irregular. Uma vez que a instituição prisional não se encontra adequadamente estruturada e organizada para oferecer ações básicas de saúde, recorre-se ao suporte hospitalar, que é dificultado pelas barreiras administrativas tais como escoltas e viaturas que dificultam o acesso aos retornos e acompanhamento médico. CONCLUSÃO: Torna-se relevante um fortalecimento das ações de controle da TB no sistema prisional, no sentido de minimizar o número de internações hospitalares, assim como a necessidade da Secretaria de Cidadania e Administração Penitenciária da Paraíba, instrua os seus servidores envolvidos diretamente no cuidado desses apenados, para a garantia dos direitos constitucionais que a eles são reservados.