Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título CUIDADOS DE ENFERMAGEM FRENTE À INVASÃO DA PRIVACIDADE DO PACIENTE
Autores
VANESSA DO ROSARIO ALBUQUERQUE (Relator)
VANESSA DO ROSÁRIO ALBUQUERQUE
ROSALIA RIBEIRO MARINHO
ANGELICA COSTA VICENTE
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
O indivíduo traz consigo uma carga de valores morais e éticos que são apreendidos no decorrer de sua existência, dentre estes valores, podemos destacar o direito e o dever ao resguardo da identidade e privacidade. Enquanto cliente e sujeito do processo de trabalho da enfermagem, decorrente de internação hospitalar, sentimentos de impotência e fragilidade, insegurança e dependência propiciam uma sensação de perda da autonomia, levando-os a considerar que, na hospitalização, se tornam objetos do cuidado, perdendo a sua identidade e sua privacidade. O presente estudo, com base na ABNT, possui como objetivo descrever, a luz da literatura, os cuidados de enfermagem frente à invasão da privacidade do paciente durante a internação hospitalar. Trata-se de uma pesquisa do tipo bibliográfica, cujos dados foram obtidos a partir de livros, revistas e artigos científicos publicados em bases de dados online tais como SCIELO, LILACS, MEDLINE e BIREME. A coleta foi realizada no período de maio a junho do corrente ano e para obtenção dos dados utilizamos os descritores: privacidade, espaço pessoal e cuidados de enfermagem. A condição de enfermidade gera sentimentos como incapacidade, dependência, insegurança e sensação de perda do controle sobre si mesmo. Os doentes encaram a hospitalização como fator de despersonalização por reconhecerem a dificuldade para manter sua identidade, intimidade e privacidade. Por isso, o enfermeiro além de resguardar a privacidade do paciente, deve também auxiliá-lo a lidar com a perda da mesma. Embora ações para proteger a intimidade do paciente sejam implementadas e vistas como importantes, alguns membros da equipe de saúde podem considerar inviável a sua preservação durante o exercício do seu papel e responsabilidades para a execução do trabalho. Essa invasão fere a dignidade do indivíduo e gera um sentimento de ansiedade que, muitas vezes, não é percebido pela equipe de enfermagem, pois as ações de cuidado já se tornaram rotineiras. O enfermeiro tem que orientar ao paciente que essa invasão constitui-se num momento peculiar e transitório, um “mal” necessário que permitirá o retorno do seu estado de saúde a um estágio que possibilite a volta à sua vida cotidiana. É imprescindível que o enfermeiro mostre ao paciente que as situações classificadas como sendo de invasão do seu espaço pessoal são necessárias para o alcance deste objetivo.