Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título A MULTIPROFISSIONALIDADE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE TRABALHO
Autores
HALANA CECILIA VIEIRA PEREIRA (Relator)
IARA BEZERRA SALES
EMILIANA BEZERRA GOMES
Modalidade Pôster
Área Multiprofissionalidade e democracia
Tipo Pesquisa

Resumo
A atenção à saúde, prevista pelas políticas públicas no Brasil, visa o suprimento das necessidades de saúde da população na perspectiva de um serviço de saúde universal, integral, eficaz, eficiente, com equidade e participação popular. Nesse intuito o ‘Saúde da Família’ em sua interface multiprofissional se faz uma estratégia possível. Assim, este estudo objetiva refletir sobre os aspectos da atenção multiprofissional na Estratégia Saúde da Família e sua micropolítica. Trata-se de um estudo crítico reflexivo com base na literatura pertinente. A entrada no sistema de saúde geralmente é pela ESF, idealizada e constituída por uma equipe multiprofissional, que deve atender a demanda na perspectiva de contemplar as reais necessidades da população de modo interdisciplinar, contribuindo para a construção social a partir dos desejos/necessidades dos sujeitos envolvidos (CAMARGO JÚNIOR, 2005). Tais necessidades são abordadas na taxonomia de Cecilio (2001), como: das boas condições de vida; do acesso e consumo a tecnologias de saúde capazes de melhorar e prolongar a vida; da criação de vínculos afetivos entre usuário/profissional/equipe, permeados de confiança e encontros das subjetividades; da autonomia no modo de conduzir a própria vida. A reorganização dos processos de trabalho em equipe faz da capacidade dos profissionais em cuidar e promover saúde, uma vertente na hierarquização, onde o poder é proporcional a capacidade de cuidar por meio de tecnologias duras. O fato das relações pessoais serem pouco valorizadas na saúde contribui no impasse entre profissionais e usuários, especialmente pela necessidade em grupo de interseção nas relações entre profissional/usuário/serviço (PINHEIRO, 2001). O que se percebe é que há uma fragmentação na assistência ao usuário, onde as relações de poder se dão entre aqueles que cuidam, embora a política e o discurso girem em torno de uma atenção integral, pelo atendimento multiprofissional, colocado pelas políticas públicas de saúde, em suas determinações filosóficas e legais.