Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título CARACTERÍSTICAS DA LEISHMANIOSE VISCERAL CONFORME FAIXA ETÁRIA E GÊNERO NO MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO TOCANTINS
Autores
FABÍOLA MORAES CARVALHO (Relator)
EDNA DOS SANTOS SANTANA
LUIZ CARLOS RIBEIRO GARCIA
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose caracterizada pelo envolvimento sistêmico que afeta milhões de pessoas em regiões tropicais e subtropicais do mundo. É uma doença espectral, cuja apresentação clínica varia de formas assintomáticas até o quadro clássico da parasitose, evidenciado pela presença de febre, anemia, hepatoesplenomegalia, além de tosse seca, leucopenia e hipergamaglobulinemia. Outras manifestações clínicas se desenvolvem com a progressão da doença, em especial a diarréia, icterícia, vômito e o edema periférico que dificultam o diagnóstico diferencial com outras patologias, retardando sua identificação. Com mortalidade global estimada em 59.000 óbitos por ano, a leishmaniose visceral (LV) permanece como importante problema de saúde pública em vários países do mundo. Apesar de ser considerada endemia rural, a LV tem sido freqüentemente registrada em grandes centros urbanos. Tal situação denota dificuldades enfrentadas no controle dessa doença e reflete a necessidade de novos estudos para avaliar a eficácia e efetividade das atuais medidas de controle, sobretudo, nas áreas prioritárias. No Brasil, a abordagem atual do programa de controle da LV permite melhor definição das áreas de transmissão ou de risco e propõe ações de vigilância para os municípios considerados silenciosos. O presente estudo teve como objetivo identificar as características da Leishmaniose Visceral no município de Paraíso do Tocantins, conforme gênero e faixa etária. Trata-se de um estudo descritivo, na qual foi realizada análise do Sistema Nacional de Agravos Notificáveis (SINAN) entre os anos de 2007 a 2009. Verificou-se que nestes três anos foram confirmados 49 casos de LV, no qual 23 (46,9%) tinham menos de 10 anos; 04 (8,2%) entre 10 e 19 anos; 10 (20,4%) entre 20 e 29 anos; 07 (14,3%) entre 30 e 39 anos; 01 (2%) entre 40 e 49 anos; 02 (4,1%) entre 50 e 59 anos e 02 (4,1%) com 60 anos e mais. Destes casos, 30 (61,2%) eram do gênero masculino e 19 (38,8%) do gênero feminino. Conclui-se que a incidência dos casos confirmados de LV foi maior em menores de 10 anos e no gênero masculino.