Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: A TRILHA PARA UM CUIDADO INTEGRAL E PARA AUTONOMIA DO ENFERMEIRO
Autores
MARIA JAQUELINE CARLOS DA SILVA (Relator)
FRANCISCO RAFAEL RIBEIRO SOARES
ÉRICA LOUISE DE SOUZA FERNANDES BEZERRA
EMANUELA LESSA DE LIMA
GRACIELLA MADALENA LUCENA JALES
Modalidade Pôster
Área Multiprofissionalidade e democracia
Tipo Relato de experiência

Resumo
O cuidado em saúde proporcionado pela enfermagem tem se tornado um dos temas mais desafiadores e mais aguçados face às conquistas de um trabalho resolutivo e autônomo, os quais são reflexos de uma trajetória adotada em uma prática baseada em conhecimentos científicos que se iniciou com Florence Nightingale e hodiernamente permeia com a Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE). Esta compreendida como um processo dinâmico, interativo e reflexivo em suas fases de histórico, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação, processadas por trocas de saberes entre o ser cuidado e a enfermagem. Objetivamos assim mostrar a relevância da SAE na prática de enfermagem como ferramenta desencadeadora da autonomia e de um cuidado integral na atenção ao sujeito. O presente estudo trata de um relato de experiência de caráter qualitativo e descritivo, norteado pela dinâmica arco do Manguerês teoria-prática–teoria, a qual foi iniciada com leitura e discussões na disciplina de semiologia e semiotécnica de enfermagem no processo saúde-doença do adulto, no quarto período da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e vivenciada na Clínica Médica do Hospital Regional Tarcisio de Vasconcelos Maia (HRTVM), da cidade de Mossoró-RN. Percebe-se que a concretização da SAE no âmbito da CM do HRTVM nem sempre se dá como deveria, já que muitas vezes este instrumento se perde em meio a sobrecarga do serviço, vindo a ser executado muitas vezes de forma desconectada e restrita geralmente ao histórico e implementação de Enfermagem, além disto, ambos se voltam para o diagnóstico médico. Outro ponto relevante é o tempo de investimento do enfermeiro para a parte administrativa, disponibilizando pouco tempo para interação com o sujeito cuidado. Diante do supracitado tal processo aponta para uma falsa autonomia da enfermagem, pois esta não pactua sua prática com o sujeito cuidado, não se utiliza da SAE em seu processo de trabalho. Espera-se que a trajetória descrita venha acarretar na enfermagem uma inquietação contínua que proporcione reflexões e desejo de transformar a realidade encontrada no seu atual processo de trabalho, aumentando a autonomia no trabalho, tornando-o parceiro de outras categorias da saúde ao invés de subalterno a elas no âmbito profissional e assistencial, melhorando a relação dentro da própria equipe de enfermagem e de saúde, visando oportunizar um cuidado mais integral e resolutivo.