Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título A AIDS E SUA FEMINIZAÇÃO: POR QUE CONFIAR NO PARCEIRO?
Autores
EDGLAUDIA CRISTINA SALES DE MELO FEITOSA (Relator)
ISABELLINE FREITAS DANTAS PAIVA
JÚLIA MARIA ALVES FERNANDES
MARJA SONALLY SANTIAGO COELHO
ARISA NARA SALDANHA DE ALMEIDA
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
Devido à precocidade do início da puberdade, a vida sexual das adolescentes tem sido iniciada imaturamente, fato que proporciona um aumento na vulnerabilidade aos agravos em saúde sexual deste grupo. Outro fato importante está relacionado à freqüência com que as mulheres vêm sendo acometidas pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), destacando-se a ocorrência da feminização desta, visto que há vinte anos ocorria 1 caso da doença em mulheres para cada 15 novos casos em homens, e atualmente essa proporção é que a cada 15 novos casos da doença em homens contam-se 10 casos em mulheres (BRASIL, 2007). Entendendo esta problemática, foi realizada uma pesquisa, objetivando conhecer o número de casos de AIDS no município de Mossoró e cidades circunvizinhas, e a partir daí, identificar a incidência de mulheres acometidas pela patologia e os meses nos quais ocorreu maior quantidade de notificações da mesma, neste grupo. Foi realizada uma pesquisa documental, com abordagem quantitativa, na qual os dados foram coletados junto ao Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Rafael Fernandes, centro de referência em doenças infectocontagiosas, localizado no município de Mossoró-RN. Foram observadas as notificações de casos da doença entre os meses de janeiro e dezembro de 2009. Diante disso, foram evidenciados 48 casos de AIDS no município de Mossoró e cidades circunvizinhas, destes 47,9% correspondem ao sexo feminino. Quanto aos meses que tiveram maior incidência de mulheres com AIDS, destacam-se os meses de agosto com 17,4%, dezembro com 17,4%, junho com 13%, outubro com 13%, os meses de janeiro, abril e julho cada um com 8,6 % dos casos e os demais meses juntos, correspondem a 13,4%. Mediante os dados expostos, confirmou-se o crescente aumento da proporção de casos entre homens e mulheres, ou seja, que a patologia vem se feminizando, causada pela maior vulnerabilidade a que estão sujeitas, a pequena percepção do risco vivenciado em relacionamentos considerados estáveis, atrelado a isso a ausência de medidas preventivas, devido à falta de conhecimento e excessiva confiança no seu parceiro. Portanto, entende-se a necessidade da realização de atividades educativas, que promovam o esclarecimento desse público, quanto à importância da adoção de medidas preventivas, a fim de minimizar os índices da patologia constatados nas mulheres, efetivando assim a prática de educação em saúde.