Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título O CANCELAMENTO DE CIRURGIAS EM UM HOSPITAL ESCOLA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
FERNANDA BEATRIZ BATISTA LIMA E SILVA (Relator)
ANA LUISA BRANDÃO DE CARVALHO LIRA
BIANCA FERREIRA MOUSINHO RÊGO
CAMILA ARAÚJO FLORÊNCIO DE LIMA
ELISANDRA DE ARAUJO SALDANHA
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Relato de experiência

Resumo
O cancelamento de uma cirurgia traz vários transtornos tanto para o profissional quanto para o paciente e seus familiares, pois normalmente os pacientes que precisam ser submetidos a uma cirurgia, necessitam de preparos físicos, que muitas vezes geram desconforto e constrangimento. A enfermagem deve estar atenta não só no que se refere ao preparo físico, mas, sobretudo, ao preparo emocional do paciente e de seus familiares. Acredita-se que existe um déficit de comunicação, tanto em relação ao preparo para cirurgia, quanto ao seu cancelamento, pois muitas vezes o paciente toma ciência do cancelamento da cirurgia quando já está internado no bloco cirúrgico e nem sempre lhe é justificada a razão. Dessa forma, este estudo tem como objetivo descrever o processo de trabalho da equipe de saúde da clínica cirúrgica de um hospital escola, enfatizando a questão do cancelamento do ato cirurgico. Trata-se de um relato de experiência, vivenciado como enfermeira, relacionado ao cancelamento de cirurgias de pacientes internados na unidade cirúrgica de um hospital escola, localizado na cidade de Natal-RN. Nesta unidade cirúrgica, observou-se que houve um elevado número de cirurgias canceladas nos últimos cinco anos. Quanto ao cancelamento das cirurgias programadas, observou-se que, muitas vezes, ocorre falta de visão holística do ser humano por parte daqueles que prestam o cuidado. O paciente deixa de ser visto na sua integralidade para dar lugar à técnicas, procedimentos, dentre outros. Percebeu-se que alguns profissionais valorizam mais o procedimento cirúrgico do que o próprio paciente, deixando este em segundo plano, esquecendo que ele é o principal sujeito envolvido. Havendo, dessa forma, uma desumanização da assistência com relação ao cuidado e a integridade humana. Deste modo, torna-se fundamental superar a visão individualista, pois para que haja o cuidado efetivo é necessário valorizar as interações intersubjetivas, onde a presença do outro seja ativa e vista de forma humanizada. Portanto, é importante curar doenças, mas sem esquecer que mais importante ainda é curar o doente; e não somente curá-lo, mas também cuidar dele.