Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título DIFICULDADES NA ASSISTÊNCIA AOS PORTADORES DE HANSENÍASE EM USO DA POLIQUIMIOTERAPIA: RELATOS DE ENFERMEIROS
Autores
ARIELI RODRIGUES NÓBREGA VIDERES (Relator)
ANTÔNIO EDSON OLEGÁRIO SOBREIRA JÚNIOR
MARIA MÔNICA PAULINO DO NASCIMENTO
CLÉLIA ALBINO SIMPSON
TARCIANA SAMPAIO COSTA
Modalidade Pôster
Área Multiprofissionalidade e democracia
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A poliquimioterapia (PQT) tem contribuído muito na melhoria da organização do Programa Nacional de Controle da Hanseníase (PNCH). Além de ser mais eficaz que a monoterapia sulfônica, reduz o período de tratamento e o risco de recidiva, previne desenvolvimento de resistência medicamentosa e o aparecimento de deformidades, aumenta a aderência do doente ao tratamento e melhora a atitude da comunidade para com os portadores e a doença. Objetivos: Verificar as principais dificuldades apontadas pelos enfermeiros para assistir os portadores de hanseníase em uso da PQT. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido com 11 enfermeiros que atuam nas Estratégias Saúde da Família (ESF) sediadas no município de Cajazeiras, estado da Paraíba. As informações coletadas no período de abril e maio de 2008 através de um questionário semi-estruturado foram analisadas de forma descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa Maria (FSM-PB) sob protocolo n° 00503008. Resultados: Em relação ao perfil sócio-demográfico, 91% dos enfermeiros eram do gênero feminino; 45,4% tinham entre 20 a 30 anos de idade; 73% cursaram uma pós-graduação lato senso nas diversas áreas da enfermagem; 63,6% apresentaram menos de 10 anos de formação acadêmica; e, 82% realizaram cursos de capacitação na área de hanseníase. Ademais, 54,5% dos enfermeiros acompanham de seis a 10 portadores de hanseníase em tratamento nas unidades de saúde, sendo que 73% destes relataram não possuir nenhuma dificuldade para assistir tais pacientes. Contudo, as principais dificuldades elucidadas por 27% dos participantes correspondem à presença de reações adversas (53%), pouca assiduidade do portador a unidade (17,5%) e esquecimento das doses diárias (11,8%). Conclusão: O uso da PQT requer maior treinamento dos profissionais envolvidos com o PNCH, bem como maior compreensão dos pacientes. Se por um lado, o avanço do conhecimento tecnológico e o desenvolvimento do arsenal terapêutico são possíveis indicadores de melhor perspectiva para o controle da endemia, por outro, eles se relacionam estreitamente a uma necessidade crescente de melhoria quantitativa e qualitativa nos serviços de saúde, principalmente nas ações desenvolvidas pelo enfermeiro, responsável pelo acompanhamento direto do portador de hanseníase, desde a descoberta do diagnóstico até sua alta por cura.