Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título PERFIL DE PROFISSIONAIS ENFERMEIROS QUE ATUAM NO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA HANSENÍASE
Autores
ARIELI RODRIGUES NÓBREGA VIDERES (Relator)
ANTÔNIO EDSON OLEGÁRIO SOBREIRA JÚNIOR
MARIA MÔNICA PAULINO DO NASCIMENTO
CLÉLIA ALBINO SIMPSON
DAYSE CRISTINA LIMA OLIVEIRA
Modalidade Pôster
Área Multiprofissionalidade e democracia
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A integração dos programas de controle da hanseníase na rede básica de saúde é considerada atualmente a melhor estratégia para eliminação da doença, para o diagnóstico precoce e melhoria na qualidade do atendimento ao portador da hanseníase, facilitando o acesso ao tratamento, à prevenção de incapacidades e a diminuição do estigma e da exclusão social. No entanto, para efetividade destes programas os enfermeiros, principais articuladores das ações da Estratégia Saúde da Família, devem estar preparados e altamente qualificados, atentando para o trabalho em equipe e assistência integral ao doente. Objetivo: Conhecer o perfil de enfermeiros que atuam no Programa Nacional de Controle da Hanseníase. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem quantitativa, cuja população foi composta por 14 enfermeiros que atuam no PNCH desenvolvido nas Estratégias Saúde da Família (ESF) sediadas no município de Cajazeiras, estado da Paraíba. Deste total, foram escolhidos através de uma amostragem não-probabilística acidental 11 enfermeiros para compor a amostra. As informações coletadas no período de abril e maio de 2008 através de um questionário semi-estruturado foram analisadas de forma descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa Maria (FSM-PB) sob protocolo n° 00503008. Resultados: Os principais resultados permitiram verificar que, em relação ao perfil sócio-demográfico, 91% dos enfermeiros eram do gênero feminino; 45,4% tinham entre 20 a 30 anos de idade; 73% cursaram uma pós-graduação lato senso nas diversas áreas da enfermagem, tais como, Enfermagem em Saúde da Família (05), Saúde Coletiva (01), Materno Infantil (01), e, Enfermagem do Trabalho (01); 63,6% apresentaram menos de 10 anos de formação acadêmica; e, 82% dos enfermeiros realizaram cursos de capacitação na área de hanseníase. Ademais, 54,5% dos enfermeiros acompanham de seis a 10 portadores de hanseníase em tratamento nas unidades de saúde. No entanto, é preocupante uma prevalência significativa de profissionais (18%) despreparados tecnicamente para lidar com o doente e a doença, sobretudo no âmbito da confirmação diagnóstica e acompanhamento dos pacientes em uso da PQT. Conclusão: Almejando a efetivação do PNCH, fica evidente a necessidade de um esforço organizado de toda a rede básica de saúde, principalmente dos enfermeiros, no sentido de atuar de forma criativa e coletiva sobre essa problemática.