Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título O IMPACTO DA MORTE EM ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
LORENA DE OLIVEIRA CASTRO (Relator)
ELYS KARINA CAVALCANTE DOS SANTOS
KAMILA GONÇALVES E SILVA
INGRID GURGEL AMORIM
FRANCIS SOLANGE VIEIRA TOURINHO
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: A morte é considerada um evento biológico que finaliza a vida não existindo nenhum outro evento vital capaz de suscitar, nos seres humanos, mais pensamentos dirigidos pela emoção e reações emocionais que ela, tanto no que diz respeito ao indivíduo que está morrendo, quanto naqueles à sua volta. Independente de suas causas ou formas ocorre em maior proporção nos hospitais, estando os profissionais muitas vezes despreparados em virtude dos cursos de formação da saúde não terem uma disciplina específica sobre o assunto, estudando apenas como lidar com a vida e não com a morte. Assim, quando a morte se faz presente, são gerados sentimentos de tristeza, perda, frustração e estresse. Objetivo: Descrever a experiência de morte e preparação do corpo de uma paciente, presenciada por estudantes da graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte no estágio em UTI de um Hospital Público do município de Natal/RN. Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, resultante do estágio em UTI da disciplina de Clínica Avançada em Enfermagem, vivenciado por acadêmicos do 6º período do curso de Enfermagem da UFRN, em novembro de 2009. Resultados: Durante as aulas práticas na UTI, observamos que uma paciente idosa estava em processo de falência da função cardíaca e uma equipe médica e de enfermagem prestava a assistência necessária naquele momento. Em meio às manobras de RCP foi possível perceber o sofrimento físico da paciente. Com o resultado não positivo das ações e a morte da mesma, refletimos sobre a fragilidade da linha tênue que separa a vida da morte e o quanto estamos à mercê, em um momento crítico como o citado, do empenho e interesse dos profissionais. Após o falecimento da paciente, nos foi proposto realizar o preparo do corpo, que consiste na limpeza, retirada dos equipamentos utilizados, tamponamento dos orifícios do indivíduo, finalizando com o envolvimento num invólucro de plástico e identificação com uma etiqueta. A sensação foi estranha, pois até então estávamos acostumados a prestar cuidados a pacientes vivos. Todavia, apesar de ser um corpo sem vida, a assistência deve ser dada com cautela e respeito. Afinal, é um ser humano que construiu uma história, que tinha sentimentos, crenças e valores. Conclusão: A experiência em questão contribuiu muito para nossa aprendizagem e nos possibilitou iniciar o contato com a morte, tão presente no cotidiano dos profissionais da saúde.