Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título TECNOLOGIAS LEVES EM SAÚDE MENTAL: UM ESTUDO DE CASO
Autores
MARCIANA FELICIANO (Relator)
CLEIDE CORREIA DE OLIVEIRA
Modalidade Pôster
Área Multiprofissionalidade e democracia
Tipo Relato de experiência

Resumo
A assistência psiquiátrica tem passado por profundas reformas, culminando em uma nova gama de ações terapêuticas e desinstitucionalização da assistência ao paciente com transtorno psíquico. A essas transformações damos o nome de Reforma Psiquiátrica. E, para atender a este novo paradigma, surge a necessidade da implantação de uma equipe multiprofissional nos novos serviços ofertados, com o intuito de prestar uma assistência multidisciplinar, com exercício reflexivo constante acerca da implementação de tecnologias que promovam a melhor readaptação e apoio ao paciente e família, culminando em um processo de cuidado democrático. Nesse cenário, surge a valorização das tecnologias leves, como um instrumento para a reabilitação psicossocial. Nesse estudo pretende-se analisar o desenvolvimento das tecnologias leves pelos profissionais de nível superior de um Hospital Dia e verificar a importâncias destas, na visão dos profissionais. Constitui-se em um estudo de caso de abordagem qualitativa e quantitativa, em que os dados foram analisados segundo o método de Bardin, sendo formatado segundo as normas da ABNT. Os sujeitos do estudo foram os profissionais de nível superior de um Hospital Dia da Região Metropolitana do Cariri-CE que atende a cerca de 50 usuários. Os dados foram coletados mediante entrevista semi-estruturada e foi aplicado um check-list com observação não-participante dos sujeitos. Percebeu-se que as tecnologias leves tem presença latente no serviço, sendo a base da assistência oferecida. Psicoterapia em grupo, educação em saúde, rodas de conversa e atividades artísticas diversas são desenvolvidas diariamente com os usuários. Segundo os profissionais, as tecnologias leves são ferramentas principais pra que o usuário tenha um bom prognóstico, se re-socialize, melhore a auto-estima, resgate as suas potencialidades e adira ao tratamento. Pode-se perceber que os usuários sentem-se satisfeitos em frequentar o serviço, onde são chamados pelo nome e há uma harmonia na relação paciente/profissionais e profissionais/equipe. É importante ressaltar que as tecnologias leves não excluem as duras ou as leve-duras, elas complementam-se, propiciando uma assistência holística em detrimento do enfoque basicamente clínico ainda presente nos modelos atuais. Assim, é essencial uma equipe multidisciplinar articulada, fomentando um ambiente de trabalho harmonioso onde as ações e a interação entre os agentes do cuidado (equipe e usuários) possam se desenvolver naturalmente.