Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título “PINTANDO A CARA DA LOUCURA”: PERCEPÇÃO DE PACIENTES E PROFISSIONAIS DA SAÚDE MENTAL
Autores
LAÍS EVANDRO DE CASTRO MARTINS (Relator)
VIOLANTE AUGUSTA BATISTA BRAGA
MABELLY BARBOSA LOPES RAMOS
TICIANA DE OLIVEIRA PONTES
LEIRYLANE DE SOUZA PEREIRA
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: O conceito de loucura se modifica constantemente, sendo uma construção histórico-social. O desenvolvimento científico transforma esse conceito e o define como quadro nosológico com classificações diversas, constituídas como doenças mentais. O transtorno mental é determinado por vários fatores, como biológico, psicológico e sócio-cultural. A partir disso, reforça-se a importância de trabalhar a concepção que profissionais e usuários de saúde mental têm da loucura, na perspectiva de criar espaços de discussão e construção de novos modos de perceber e lidar com o sofrimento mental. Objetivo: relatar experiência de atividade auto-expressiva realizada por acadêmicas de enfermagem com pacientes e profissionais de um Hospital-Dia de Fortaleza/Ce. Metodologia: estudo descritivo, tipo relato de experiência, realizado em novembro de 2009, em serviço de saúde mental de Fortaleza/Ce, por acadêmicas de enfermagem de uma universidade pública do Ceará, como atividade da disciplina Enfermagem no Processo de Cuidar do Adulto II. A atividade foi desenvolvida através de oficina artística para produção de máscaras individuais, que expressavam “a cara da loucura”. Foram disponibilizados: atadura de gesso; água; tintas coloridas e pincéis; cola e papéis coloridos; palito, etc. A oficina teve 5 momentos: apresentação dos participantes; confecção de máscaras com a “cara da loucura”; exposição delas no “baile da loucura”; discussão sobre conceito expresso por cada um; avaliação da atividade pelo grupo. Resultados: Percebeu-se grande interesse dos participantes, sendo marcante empenho e criatividade. No “baile”, eles exibiram, orgulhosamente, as máscaras e interagiram entre si, enquanto dançavam uma música de carnaval. No quarto momento, a discussão foi facilitada pela reflexão prévia, durante confecção das máscaras. Houve vários depoimentos sobre dificuldade de conceituar loucura e lidar com o preconceito que a envolve. Alguns relataram que somente o portador de doença mental pode conceituá-la fidedignamente. Isso causou profunda reflexão acerca dos desafios encarados pelos usuários, frente ao adoecimento mental e convivência em sociedade. Conclusão: A oficina proporcionou reflexão sobre conceitos, preconceitos e vivência da “loucura”, tanto na percepção dos portadores de transtornos mentais, quanto dos profissionais e acadêmicas de enfermagem. Isso forneceu elementos questionadores sobre a prática do enfermeiro como agente transformador em saúde mental.