Introdução: As doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) constituem uma das principais causas de morte no mundo, segundo a OMS. A Hipertensão Arterial e a Diabetes Mellitus são as principais responsáveis pelo agravamento desse cenário, pois sem controle levam ao surgimento de outras DCNT’s com repercussões negativas para a saúde do paciente. A partir de consultas médicas e de enfermagem foi observado que os portadores de diabetes e /ou hipertensão arterial cadastrados na USF 7ºRO não estavam controlando sua glicemia e pressão arterial, surgindo assim o interesse em desenvolver um grupo de Hiperdia, como preconizado pela OMS. Objetivo: Relatar o processo de implantação do grupo de Hiperdia na USF 7ºRO, de Olinda-PE e divulgar a importância de atividades de promoção à saúde para o controle de doenças crônicas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo tipo relato de experiência, referente à criação do grupo de Hiperdia na USF 7ºRO em Olinda-PE. Realizado no período de 01 a 26 de maio de 2010 por acadêmicas de enfermagem da FUNESO e a enfermeira da unidade. A reunião do grupo de Hiperdia acontecia uma vez por semana, o ACS era responsável pela divulgação e sensibilização dos usuários para participação no grupo. As atividades realizadas consistiam em aferição da PA e glicemia capilar, espaço para troca de experiências, distribuição de medicamentos e agendamento de consultas médica, etc. As atividades educativas eram realizadas pelos profissionais da equipe e/ou do núcleo de apoio à saúde da família (nutricionista, farmacêutico, assistente social, etc). Resultados: O público alvo atingido foi de 27 pessoas, embora sejam cadastradas no programa hiperdia 431 pessoas. O desenvolvimento do grupo trouxe grande contribuição para manutenção da saúde dos diabéticos e hipertensos participantes, sentindo-se mais bem assistidos pelos profissionais da unidade de saúde. Observou-se melhora no uso dos medicamentos utilizados para controle da HA e DM, maior conhecimento sobre os alimentos mais adequados para seu consumo, como também aqueles que devem ser evitados. Dois participantes iniciaram a prática de atividade física (caminhada). Conclusões: Portanto, abordagens coletivas que visem modificações de estilo de vida se mostram mais eficazes que abordagens isoladas/individuais, uma vez que estimulam a troca de saberes, experiências, valorizando o autocuidado que é uma das funções da enfermagem, como também despertam na comunidade noções de cidadania. |