Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título REFLEXÃO SOBRE ÉTICA E ACOLHIMENTO EM SAÚDE: DESAFIOS DA SAÚDE MENTAL NO BRASIL
Autores
MARIA DO SOCORRO DE OLIVEIRA SANTANA (Relator)
MARIA ZENEIDE NUNES DA SILVA
ARIANE DE OLIVEIRA SANTANA
GEYSA MARIA NOGUEIRA FARIAS
ZENAIDE NUNES DA SILVA
Modalidade Pôster
Área Multiprofissionalidade e democracia
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A saúde mental é uma tarefa de incumbência de todos os profissionais da saúde, devendo ser realizado por uma equipe multiprofissional de forma interdisciplinar, todos em benefício da ética no acolhimento ao paciente. Com isso coloca-se em pauta a discussão em torno da noção de acolhimento como uma práxis para os dispositivos de atenção em saúde mental, no contexto do que se convencionou denominar Reforma Psiquiátrica. Tendo a ideia central do acolhimento e alguns princípios como os de universalidade de acesso às ações e serviços de saúde, de integralidade da assistência e da equidade, coloca-se perante o desafio de pensar sobre a ética no cuidado em saúde mental. OBJETIVO: Refletir sobre a ética e o acolhimento das estratégias em saúde relacionadas às pessoas em sofrimento psíquico. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que obedeceu às normas para apresentação de artigo científico, a NBR 6023 de 2003, realizada a partir de informações colhidas em livros acadêmicos, artigos, periódicos, bem como a Biblioteca Virtual de Saúde, no período de fevereiro a março de 2010. RESULTADOS: Com a elaboração desta pesquisa, constatou-se que é necessário enfatizar as diretrizes de universalidade, equidade e integralidade das ações e do acesso aos serviços de saúde mental, bem como das proposições ligadas aos conceitos de ética e acolhimento, o que depende em grande parte da superação do modelo assistencial ainda vigente em muitos serviços e da transposição dessas concepções teóricas para a práxis cotidiana das equipes de saúde mental. Para que essa transposição seja efetiva, depara-se com um trabalho simultâneo de desconstrução da cultura institucional, baseada em antigas concepções do processo de saúde/doença, e das relações assistencialistas em saúde, bem como de invenção de novos contratos sociais e novas práticas no âmbito da atenção em saúde. Os profissionais de saúde devem, fundamentalmente, pautar suas ações nas necessidades da comunidade e não em soluções tecnicistas, medicalizadas e institucionalizadas. CONCLUSÃO: O engajamento do corpo técnico e gerencial nessa inversão de modelo assistencial é fundamental para que haja sucesso na construção de novas relações entre o serviço e a comunidade, que busca mais do que o alívio dos sintomas, busca também significação para o seu sofrimento e atendimento comprometido na resolução dos seus problemas de saúde, pautado na ética e no acolhimento da aliança entre o usuário e o profissional.