Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título DISCUSSÃO ÉTICA ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE ATUAM NO PROCESSO DE DOACÃO DE ÓRGÃOS
Autores
DANIEL DE SOUZA LIMA (Relator)
JACKELINE MARIA TAVARES DINIZ
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: No contexto da doação de órgãos existe uma linha imaginária que divide os profissionais que atuam na assistência direta ao paciente crítico hospitalizado e aqueles que atuam em centros de captação de órgãos. Objetivos: Analisar a ética entre profissionais de saúde que atuam no contexto da doação de órgãos através de expressão da vivência na área. Métodos: Este estudo consistiu de uma revisão de literatura através de bancos de dados da BIREME e relato da experiência de profissionais de saúde que trabalham inseridos no processo de doação e transplantes de órgãos. Discussão: A obstinação na busca de órgãos tem relação com a crescente fila de espera por um transplante, sendo identificado esse constante aumento em diversos estados da federação. Existem diversas fragilidades éticas no momento que se evidencia a morte, principalmente a morte encefálica, que se define pela parada irreversível das funções do tronco cerebral, e mesmo assim, o paciente ainda mantém por algumas horas a freqüência cardíaca. Nesse emaranhado de dilemas entre os conceitos da passagem da vida e da morte, observa-se que os profissionais de saúde sofrem influência dos diversos conhecimentos sociais, sendo eles permeados pelo insuficiente conhecimento sobre os parâmetros de definição da morte encefálica e doação de órgãos, os fatores religiosos e culturais. É evidente que existe dificuldade na apropriação dessa assistência, outrossim, pode-se questionar: os profissionais de saúde não estão preparados para compreender e assistir o paciente em seu ciclo de vida? A resposta mais ética seria a afirmativa, pois nesse ciclo vital a morte encerra essa história. Os integrantes da equipe de saúde deveriam estar aptos a atuar em tais experiências, porem, o que se verifica na pratica são profissionais que não desenvolvem os princípios éticos em sua assistência. Então essa relação profissional, tanto a que ocorre entre os diversos profissionais de saúde, como aquele entre paciente/família-profissional deveria ser pontuada por princípios éticos como clareza, veracidade, não-maleficencia e justiça. Conclusões: Essa ferramenta é fundamental para o desenvolvimento das ações que dizem respeito à doação e transplante de órgãos. Pois, necessita-se de clareza nas ações desse processo para que todos os profissionais e a família do doador saiam com a certeza que toda a assistência foi totalmente crédula e legal.