Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título HANSENÍASE: COMBATE AO ESTIGMA E PRECONCEITO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PARA SAÚDE
Autores
BÁRBARA PESSOA RAFAEL FERNANDES (Relator)
ROSÁLIA MEDEIROS DA SILVA
ANDRÉA CRISTINA LINS NUNES
MARIANA OLIVEIRA DE ALENCAR RAMALHO
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae. Caracteriza-se por acometimento dermatoneurológico que pode causar incapacidades físicas e deformidades permanentes, comprometendo significativamente a qualidade de vida dos pacientes, com vergonha e estigmatização. Apesar de curável, a hanseníase ainda representa relevante problema de saúde pública, sendo o Brasil o segundo país mais endêmico no mundo. Objetivo: Compreender os elementos envolvidos na estigmatização de portadores de hanseníse. Metodologia: Para obtenção dos dados, utilizou-se o levantamento bibliográfico realizado nas bases de dados do Ministério da Saúde, BIREME , MEDLINE , SciELO, FUNASA. Foram pesquisados artigos produzidos no período de 1995 até 2008. Resultados: Denominada por muitos séculos por lepra, ainda traz consigo o estigma desde a época de sua descoberta; as referências mais remotas datam de 600 anos antes de Cristo e deve-se principalmente à falta de informação da sociedade. No Brasil, a política de controle da doença após a década de 30 era, sobretudo com a construção de leprosários; essas instituições foram responsáveis por um tratamento excludente, tendo como conseqüência um profundo estigma social ao simples contato com o doente, uma vez que este apresentava lesões ulcerantes na pele, e deformidades nas extremidades.Segundo o Ministério da Saúde, a hanseníase alcançou no Brasil entre 2003 e 2008, um valor médio de 25,44 por cem mil habitantes. Atualmente, o diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico. A avaliação e vigilância dos contatos domiciliares se fazem necessárias para identificar, tratar novos casos e interromper a cadeia de transmissão. O tratamento é feito ao nível ambulatorial, nos serviços básicos de saúde, onde é distribuído a poliquimioterapia. (rinfampicina, clofazimina e dapsona) Conclusão: Apesar dos investimentos do Ministério da Saúde em diagnósticos precoces, investigação epidemiológica, tratamento e reabilitação; os índices de novos casos ainda são demasiado altos em nosso país. A hanseníase é dotada de um contexto histórico de discriminação e desconhecimento. Faz-se necessária a implementação de políticas de educação em saúde e divulgação de informações mais eficazes acerca da doença e principalmente, de sua cura.