Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título MANUTENÇÃO DA PERMEABILIDADE DE DISPOSITIVOS INTRAVENOSOS EM PEDIATRIA: HEPARINIZAÇÃO X SALINIZAÇÃO
Autores
ALBÉRICA DE CÁSSIA LOPES PEREIRA DA SILVA (Relator)
LILIAN BRAGA DO NASCIMENTO
ELIANE ROLIM DE HOLANDA
VIVIANE ROLIM DE HOLANDA
MARIA AMÉLIA DE SOUZA
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
Um dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos que causam mais dor nas unidades pediátricas é a punção venosa, sendo que, muitas vezes, as crianças passam por várias no mesmo dia. Surge então, a necessidade de tentar reduzi-las por meio da utilização da heparinização e da salinização. No entanto, além de faltar uma padronização destas técnicas, a bibliografia existente sobre o assunto é escassa e traz muitas divergências entre os autores. Tivemos como objetivo identificar o que existe na literatura sobre a prática da heparinização e salinização na manutenção da permeabilidade de dispositivos intravenosos em crianças hospitalizadas, descrever a técnica de utilização e analisar suas implicações nas ações de enfermagem. Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada entre os meses de abril e junho de 2010, que utilizou como fontes as bases de dados informatizados: SCIELO, MEDLINE, LILACS, BDENF, e, consulta manual no acervo bibliográfico disponível na Biblioteca Setorial da Universidade Federal de Pernambuco. Para elencar o material, extrair dos textos o tema de interesse e interpretá-los a partir do objetivo proposto, utilizou-se a seqüência de passos apresentada por Gil (2002). Os estudos mostraram que para cateteres periféricos a solução salina é indicada desde que alguns cuidados sejam rigorosamente observados. Apresenta como vantagens baixo custo, ser um procedimento simples, além de eliminar a possibilidade de incompatibilidade com os fármacos administrados. As limitações desta prática são atribuídas à ausência de um maior número de estudos controlados para validar sua eficácia. Em neonatologia, embora existam muitas controvérsias, é recomendado o uso de heparina, dado à escassez de acesso venoso. A exceção são neonatos com evidências de hemorragia intracraniana, sangramento gastrointestinal ou trombocitopenia. Na pediatria, os autores afirmam que todos os cateteres centrais deverão ser heparinizados, segundo prescrição médica, e ser preparado de acordo com a idade da criança. A solução salina demonstrou uma alta eficácia para evitar obstrução em cateteres 22G, fato este que não se aplica a cateteres mais calibrosos por conta do alto volume de sangue que poderá refluir. Espera-se que novos estudos sejam realizados, a fim de padronizar protocolos para a escolha/utilização das técnicas de salinização e heparinização nas instituições pediátricas e aperfeiçoar a qualidade do cuidado prestado.