Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título A PRÁTICA DA AUTOMEDICAÇÃO POR GESTANTES: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Autores
JOMARA BRANDINI GOMES (Relator)
CRISTIANE CHAGAS TEIXEIRA
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
Desde os primórdios da humanidade, o homem utiliza-se de plantas e de substâncias de origem animal, em busca de alívio para seus males sendo que, até o começo do século XIX, a maioria dos medicamentos era de origem natural, de estrutura química e natureza desconhecidas. A produção de medicamentos em escala industrial fez com que esses produtos alcançassem papel central na terapêutica médica. Embora os medicamentos sirvam para a prevenção e cura de doenças, estes possibilitam reações adversas.A “Tragédia da Talidomida”, ocorrida entre os anos de 1950 e 1960, provocou graves defeitos congênitos nos fetos, o que criou uma grande preocupação quanto à segurança dos medicamentos utilizados durante a gravidez. Hoje, a sociedade possui excessiva crença em relação ao poder dos medicamentos, levando as pessoas à prática da automedicação, na qual elas próprias decidem qual fármaco utilizar. A gestante pode recorrer a essa prática e, assim, estar sujeita a causar em seu feto, reações adversas ao(s) medicamento(s).Frente a essa problemática, o objetivo deste estudo foi descrever os riscos relacionados à automedicação em gestantes, a incidência delas que praticam a automedicação e os motivos que as levam a se automedicarem, por meio de revisão bibliográfica com base na ABNT. Quanto aos riscos, a maioria dos fármacos atravessa a placenta e atinge a corrente sangüínea do feto, que fica sujeito aos efeitos negativos não esperados, tais como: anormalidades congênitas, retardo do crescimento, carcinogênese, e outras manifestações teratogênicas. Outros riscos relacionados à essa prática são: a perda da adesão materna à prescrição médica, retardo do crescimento intrauterino, aborto espontâneo, não tratamento de doenças, uso de doses insuficientes de medicamentos e resultados falhos acarretando principalmente o feto. A literatura não possui informações específicas sobre a incidência e os motivos relacionados à automedicação pelas gestantes, mostrando apenas que 35% da população se automedica. Frente aos resultados deste estudo, conclui-se que o feto fica sujeito às reações adversas quando a gestante adota essa prática. Tal constatação aponta para a necessidade de conscientização acerca dos riscos da automedicação durante a gestação e, ainda, sugere que novas pesquisas preencham as lacunas de informações identificadas sobre essa temática.