Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título A PRÁTICA DE ENFERMAGEM NO CONTEXTO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
KITIANA CARVALHO PACHECO (Relator)
LEILA CARLA ROCHA PINHEIRO
LUMA LAINA MIRANDA SILVA
SARAH DA SILVA NASCIMENTO
NAIRAN MORAIS CALDAS
Modalidade Pôster
Área Ensino e pesquisa
Tipo Relato de experiência

Resumo
O estudante do curso de Graduação em Enfermagem possui forte tendência a carregar consigo estereótipos e preconceitos em relação à doença mental. O olhar distanciado é resultado da exclusão sofrida durante séculos pelas pessoas com transtorno mental. A partir da Reforma Psiquiátrica, o olhar passa a ser direcionado à pessoa, e à sua vida cotidiana. Surgem novas propostas para o tratamento, até então hospitalocêntrico, para alternativas de atendimento extra-hospitalar. Uma dessas alternativas são os CAPS. Nesse espaço, os estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz são inseridos para cuidar das pessoas com transtornos mentais, e o objetivo desse estudo é relatar nossa experiência no desenvolvimento da disciplina Prática de Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental, que foi iniciada no dia 30 de março do referente ano até 20 de abril, no CAPS II situado no município de Ilhéus - BA. Seguimos as normas da ABNT. A estratégia pedagógica consistiu em leituras de textos diários, abordando temas como reabilitação psicossocial, escuta terapêutica, sobrecarga familiar, dentre outros, para subsidiar nossas ações. Verificamos que o profissional de saúde deve estabelecer vínculo com usuários e familiares e para tanto se faz necessário o uso de metodologias ativas de cuidado a exemplo de dinâmicas de grupo, oficinas, visita domiciliar, atividades de lazer, etc. No primeiro contato fomos orientadas a perguntar aos usuários sobre as suas necessidades e sugestões quanto ao que deveríamos desenvolver. Consideramos essa atitude de extrema importância porque verificamos uma maior efetividade das nossas ações. Segundo Franco (2004), para que haja uma mudança nos serviços de saúde, é necessário colocá-lo operando de forma centrada no usuário. Refletimos que os usuários e seus familiares quando são valorizados como seres dignos, com direito à liberdade, à integridade física e moral, o processo de reabilitação e à qualidade de vida, sem sombra de dúvida acontece mais rapidamente. Para alcançar esses objetivos, devemos trabalhar em conjunto, e extinguir o preconceito, sendo ainda, a principal barreira para o cuidado humanizado. Aceitar e tratar com respeito e afeto o portador de transtorno mental é o melhor caminho para a sua reabilitação e para o fortalecimento de sua cidadania.Como futuras enfermeiras, acreditamos que a nenhum ser humano é merecido o aprisionamento, a invisibilidade, o mau trato, pois todos temos muito a acrescentar na vida do outro.