Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título SOBRECARGA GERADA PELO CONVÍVIO COM O PORTADOR DE ESQUIZOFRENIA – A ENFERMAGEM CONSTRUINDO O CUIDADO À FAMÍLIA
Autores
ROSANE MELLO (Relator)
ROSÂNE MELLO
MARIANA SILVA GOMES
Modalidade Comunicação coordenada
Área Autoridade, poder e cidadania
Tipo Monografia

Resumo
Introdução:A esquizofrenia é uma doença crônico-degenerativa, onde as pessoas têm dificuldades de reconhecer a realidade, de realizar tarefas de auto-cuidado e apresentam distorção do funcionamento das funções psíquicas.Em virtude do processo de desinstitucionalização, a vivência cotidiana faz com que a família sofra com os desgastes provocados pelo transtorno psíquico, gerando sobrecarga aos cuidadores.A sobrecarga sentida pela família caracteriza-se por dimensões objetivas e subjetivas, onde a primeira são as conseqüências concretas das alterações na rotina diária do cuidador, e a segunda, é o grau de incômodo do familiar. Objetivo:Analisar o grau de sobrecarga do principal cuidador que convive com o portador de esquizofrenia, em um hospital de emergência psiquiátrica no Rio de Janeiro. Metodologia:Pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa. O cenário foi um hospital municipal de emergência psiquiátrica, no Rio de Janeiro. A pesquisa foi realizada nas reunião de famílias.Os sujeitos foram dez familiares que convivem com a pessoa com diagnóstico de esquizofrenia, considerados os principais cuidadores.Utilizou-se dois instrumentos: o Instrumento de Contextualização do Familiar e a Escala de Sobrecarga dos Familiares de Pacientes Psiquiátricos, adaptada e validada para o Brasil, avaliando diversas dimensões da vida do familiar. Resultados:Todos os familiares moravam com o paciente e eram os principais cuidadores.As mães foram identificadas como as principais figuras sujeitas a sobrecarga decorrente do seu papel de cuidadora. A maioria dos sujeitos apresentavam depressão e submetiam-se a tratamentos medicamentosos. Foram encontradas sobrecargas elevadas nos familiares em relação à assistência no cotidiano do paciente, nas rotinas diárias, sobrecarga social, evidenciada pelas alterações dos compromissos sociais do cuidador, sobrecarga financeira, e sobrecarga emocional, demonstrada pela alta frequência com que os familiares se preocupavam com o paciente e sentiam-se incomodados em ter que suprir as necessidades do familiar adoecido. Conclusão:Faz-se necessário que os profissionais de saúde mental incluam a família no cuidado, desenvolvendo ações de acolhimento, através de atendimentos individuais e grupos psicoeducacionais. Sendo fundamental promover a escuta, o apoio, esclarecimentos acerca da doença e estabelecer estratégias de enfrentamento do próprio sofrimento psíquico, incrementando a qualidade de vida do doente mental e do grupo familiar.